Manuel Luís Goucha esteve à conversa com Ana Rita Clara para o programa “Bastidores“, da TVI Ficção, e apontou dois momentos recentes como os mais marcantes da sua carreira de apresentador, não só pelo impacto que tiveram em si e  nível profissional, mas também pessoal. “A conversa com o Tony Carreira e a conversa com a mulher do Pedro Lima, a Anna Westerlund“, disse Manuel Luís Goucha. A primeira refere-se à entrevista – a primeira – dada pelo cantor após a morte da filha, Sara Carreira, em dezembro do ano passado. A segunda remete para a conversa que teve com a ceramista após a morte do ator, em junho do mesmo ano.

“Foram os momentos mais difíceis e que exigiram… eu não dormi bem nessas duas noites porque é tratar a dor da perda de uma filha e a dor da perda de um homem que nós todos amávamos, tratar com pinças, tratar com dignidade, tratar sem beliscar a dor, tratar sem escarafunchar a dor. A televisão vive muito do escarafunchanço e eu recuso-me a isso”, explicou.

«Recuso-me a escarafunchar»

Manuel Luís Goucha referiu-se ainda às histórias que leva ao programa da tarde da TVI como “histórias de vida incríveis que são sempre abordadas pelo lado da superação, da ultrapassagem”. “Foi uma coisa que eu deixei muito nítida com a equipa com quem trabalho agora: eu recuso-me a escarafunchar. As audiências, para mim, não são mais o importante. Isto é horrível, eu sei que estamos numa televisão privada e que, portanto, vive de audiências”, prosseguiu.

Logo a seguir, rematou: “Eu tenho que sair daqui [do estúdio] muito contente com o meu trabalho como profissional e, portanto, acho que em nome das audiências não vale tudo. E há um limite para andarmos ali a escarafunchar, podemos falar de tudo mas com dignidade e elegância”.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram

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