Marco Paulo Já se conhece o destino do património artístico do cantor
Para além da herança pessoal, o extenso espólio artístico do cantor já tem destino traçado.
Marco Paulo faleceu na madrugada desta quinta-feira, aos 79 anos. O cantor lutava há quase 30 anos contra vários cancros.
Consciente de que o fim poderia estar próximo, o artista português deixou o testamento pronto e já se conhecem detalhes.
Assim sendo, o afilhado, Marco António Coelho, mais conhecido por Marquinho, é o principal beneficiário da herança.
“É o filho que nunca tive. Preocupo-me com o futuro dele. Já fiz o testamento e ele está incluído. Organizo tudo a preparar o futuro das pessoas que estiveram sempre ao meu lado. Já precavi tudo isso para que elas estejam resguardadas”, disse recentemente à TV Guia.
“As pessoas têm que ser pagas”
Já sobre o património artístico, o cantor também deixou tudo planeado e será entregue à sua vila. “Doei para o museu em Mourão. Já está mais ou menos escolhido. Vai ser num lagar de azeite, porque Alentejo é azeite. Além de amor tem azeite, muito azeite. E a câmara vai disponibilizar possivelmente, em nome dos habitantes de Mourão, que o meu espólio, os meus melhores fatos de galas e concertos que eu dei, tudo o que eu tenho aqui, tudo o que tenho no outro lado, vai ser tudo para um museu para ser visto. E que aquilo que as pessoas oferecerem, pagarem, porque tem que se ter manutenção nas coisas, as pessoas têm que ser pagas para isso”, revelou em conversa com Ana Marques, com quem apresentou Alô Marco Paulo, da SIC.
“Mas há uma verba muito importante e significativa que não é nada para mim. Vai ser para as crianças da província, das terras, que vivam muito longe, no campo, e essas crianças nunca sabem tratarem-se, o que é um médico, o que é um hospital. E é para essas crianças que eu vou doar tudo aquilo que for entregue, os bilhetes que compram para ver a minha exposição, na minha terra. Eu gostava que tivesse sido na casa onde eu nasci, mas eu não consigo adquirir a minha casa onde eu nasci, então vai ser num lagar em Mourão. Uma exposição muito bonita e dignidade por mim e pelas pessoas que estão aqui representadas. Milhões de pessoas, só em discos são 5 milhões e meio”, explicou ainda.
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala & Redes sociais
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