Big Brother. Noélia abre o coração sobre a morte precoce do irmão
Noélia desfaz-se em lágrimas no confessionário ao recordar a precoce morte do irmão, aos 22 anos, e do pai, aos 56.
Noélia foi a segunda concorrente a desenhar a curva da vida na sala secreta e desfez-se em lágrimas na gala do Big Brother deste domingo, 7 de junho, ao recordar a morte dramática do irmão, com trissomia 21, e do pai, que faleceu pouco tempo antes de entrar no reality show.
«O meu irmão nasceu com trissomia 21. Faleceu aos 22 anos. Sempre teve muitos problemas. Víamos que ele estava num estado de sofrimento e não podíamos fazer nada. Ele não falava, não tinha como se queixar. Faleceu com uma broncopneumonia aguda grave. Quando ele já estava muito mal nós levámo-lo para o hospital e a minha mãe foi pressentindo que ele de lá já não voltava. Foi muito difícil para a minha mãe», contou, emocionada.
«O meu irmão nasceu com muitos problemas, toda a vida usou fralda, nunca teve autonomia. Sempre foi dependente até aos 22 anos, quando morreu. Sempre tive muito presente em tudo, fiz o máximo que podia para melhorar e ajudar tudo e todos. Fui uma cuidadora, é verdade», argumentou.
Noélia não conseguiu despedir-se do pai
«Entre estas coisas todas, o meu pai foi sofrendo vários enfartes. Eram 9h da manha, recebo uma chamada do meu pai a pedir que chamasse o 112. Larguei tudo e cheguei antes de toda a gente. Quando cheguei ele tava caído e inanimado», explicou.
Apesar de ter feito os possíveis e os impossíveis para salvar o progenitor, Noélia tem agora consciência de que fez tudo o que estava o seu alcance.
«Senti-me impotente. Senti que não tinha feito tudo o que pude, depois pensei para mim, não podia ter feito mais. A Covid-19 roubou.me a despedida que gostaria de ter feito ao meu pai. Quando vemos alguém a partir tão cedo e que trabalhou tanto pensamos de outra maneira. Ele faleceu aos 56 anos. Decidi com isto que vou aproveitar mais os meus dias», disse.
A mais nomeada da noite
Numa noite cheia de emoções, Noélia voltou a ser a mais nomeada pelos colegas. Junta-se a ela Soraia, Slávia e Ana Catharina, que ficou automaticamente nomeada por se recusar a nomear apenas mulheres.
Texto: Joana Dantas Rebelo
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