Gonçalo Graciano deu a primeira entrevista três meses após a trágica morte do pai, Nuno Graciano. “Sou o irmão mais velho, sinto que tenho de dar o exemplo”, começou por dizer. 

O jovem, de 25 anos, explicou que tentou não entrar em desespero. No entanto, destacou que “há sempre um sentimento de raiva que durou duas semanas”. Depois, surgiram as questões: porquê, como. Daí, a aceitação. “Comecei a perceber que isto vai acontecer a todos nós; temos de saber lidar”, sublinhou.

“O meu pai fazia tudo comigo”

“A injustiça foram ali 48 horas. É egoísta da minha parte. Não é normal perder o pai com 25 anos. Mas há injustiças muito piores do que estas. Injustiça também por ele. Sentia que ele ia conseguir voltar a ganhar ânimo a nível profissional.

Apesar da enorme dor, Gonçalo tem conseguido lidar sem ajuda. “Disse que não queria. Estou por mim a fazer o luto. Acho que a ajuda que necessito é dos meus amigos, da minha família e amigos do meu pai”, ressalvou.

“O meu pai fazia tudo comigo”, recorda, visivelmente emocionado.

Texto: Tomás Cascão; Fotos: Redes sociais

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