Pêpê Rapazote sobre as filhas: «Elas não querem falar comigo»
Pêpê Rapazote confessa que não é fácil estar longe das filhas. «Às vezes, elas não querem falar comigo porque vão sentir mais saudades.»
Pêpê Rapazote teve uma infância rígida, especialmente por causa da educação que o pai lhe deu. «Se eu chegava a casa com notas de 19 valores, ele perguntava-me porque é que eu não tinha 20», disse a Daniel Oliveira, este sábado, no programa Alta Definição.
À conversa com o apresentador da SIC, que a Nova Gente mostra, o ator revelou que uma das recordações que tem de quando era criança passa «pelo cinto e pela chibata» do progenitor. «Hoje, ele elogia-me por tudo e por nada. A besta foi domesticada», brinca.
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Na mesma entrevista, o ator revelou um problema com que se debateu até ao início da adolescência. «Isto nunca contei, mas fiz xixi na cama até aos 12 anos e 9 meses. Metia as minhas próprias fraldas. Não havia das descartáveis, eram das turcas», recorda.
Pêpê Rapazote de 48 anos sofre de espinha bífida, o que lhe impede de controlar a bexiga. Foi uma professora na Venezuela, onde viveu com os pais, que desmistificou aquilo que foi consequência dessa malformação congénita, ao dizer-lhe que os seus filhos, já adultos, também faziam «xixi na cama».
«Peguei fogo à casa umas duas vezes e outras duas vezes à escola»
O homem que se deu a conhecer na TV portuguesa e saltou para a televisão norte-americana, onde integrou elencos de séries de sucesso como Narcos e Shameless, era um verdadeiro terror. Foi, juntamente com dois irmãos, o melhor das turmas por onde passou. No entanto, nos tempos livres, não deixou nada a dever às tropelias.
«Peguei fogo à casa umas duas vezes e outras duas vezes à escola». Como? «Agarrava em caixas de fósforos e em papel e pronto! Matei periquitos do meu irmão porque peguei fogo na cozinha lá de casa. Gostava de fogo. Hoje em dia estaria preso», admite.
Sobre as filhas: «Elas não querem falar comigo»
As oportunidades que tem tido fora de Portugal deixam-lhe pouco tempo para a família. Casado com Mafalda Vilhena desde 2003, é da mulher e das filhas que sente mais falta.
«Falo com a Mafalda por WhatsApp como se ela estivesse a meu lado. Há muita solidão», lamenta, referindo-se à também atriz como a sua «cara metade.»
Nesta equação, foi Mafalda quem se «moldou mais». «Eu sou o granito e ela a cola mágica. Eu tenho mais dificuldade em adaptar-me. Ela cobriu todos os buracos», contou Rapazote. «A Mafalda é um gajo sem coiso. Se eu quero ir beber uma imperial a um café, é com ela», elogia.
Deste seu enlace nascerem Júlia, de 13 anos, e Leonor, com nove. Deixá-las por cá e partir é o que mais lhe custa. «Não me chega os Facetime e afins. Às vezes, elas não querem falar comigo porque vão sentir mais saudades. E eu compreendo. Mas é a parte que mais me custa», termina.
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Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Impala
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