Ricardo Martins Pereira Em bate-boca com Pedro Nuno Santos: “Está mesmo enganado”
Pedro Nuno Santos respondeu a Ricardo Martins Pereira sobre a polémica frota de BMW’s da TAP e os dois entraram numa troca de ideias.
O bate-boca entre Ricardo Martins Pereira e Pedro Nuno Santos teve lugar no dia 5 de outubro de 2022, altura em que a TAP encomendou uma nova frota de automóveis BMW corporativa para substituir os da Peugeot. A empresa acabou por recuar perante o volume de críticas que recebeu.
Porém, só nesta sexta-feira, 12 de janeiro, é que O Arrumadinho – como é que conhecido o empresário – publicou a conversa nas redes sociais a propósito de um debate sobre o socialismo português versus liberalismo irlandês.
“Meu caro, temos de resistir ao populismo. A TAP tomou uma decisão racional, que permitirá à empresa poupar 600 mil euros. O facto de ser BMW ao permitir valores residuais no final do contrato superiores permite rendas mais baixas durante a vigência do contrato. Grave era a dministração estar a tomar decisões de gestão erradas. Não é o caso”, começou por dizer o atual secretário-geral do PS.
“Não tem nenhuma dúvida?”
“Se há uma coisa de que não gosto é populismo. […] Não tenho qualquer dúvida de que os mesmos contratos, com outra marca, e veículos de gama inferior, permitiriam uma poupança ainda maior. Sobretudo numa fase em que a empresa de arrasta numa conjetura de dívidas de milhões ao longo de anos, depois de uma nacionalização desastrosa […]”, respondeu o ex-marido de Pipoca Mais Doce.
“Não tem nenhuma dúvida? Está mesmo enganado. A renda de um BMWx2 é mais baixa 200 euros do que a de um Peugeot 508. A nacionalização não foi desastrosa, era a única maneira de garantir que a TAP e o nosso Hub não desapareciam. O que o país perderia era incomparavelmente superior ao dinheiro investido na empresa”, explicou o político.
Arrumadinho agradece “ato admirável” de Pedro Nuno Santos
“Acredito que a renda do BMW seja mais baixa do que a do Peugeot 508. Não tenho dúvidas é de que haveria outros veículos de outras marcas e com gama mais baixa com uma renda inferior. Na minha empresa, se não há dinheiro, se há prejuízos, as condições têm de mudar. E se isso implica mexer na gama dos carros (um extra que ninguém tem na minha empresa porque o dinheiro que ganho é para pagar salários e impostos), então mexa-se. Se isso implica deixar de haver esse benefício, que seja”, apontou o empresário.
“Independentemente das argumentações […] agradeço, admiro e respeito ter-se dado ao trabalho de responder. Não o esperava e acho um ato admirável”, concluiu Ricardo Martins Pereira. “Obrigado”, respondeu Pedro Nuno Santos.
Texto: Tomás Cascão; Fotos: Arquivo Impala & Redes sociais
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