Rita Ferro Rodrigues saiu da SIC, em 2018, onde esteve a trabalhar durante 15 anos. Uma decisão que foi tomada por não estar feliz.

A comunicadora participou no podcast N’a Caravana de Rita Ferro Alvim e explicou o que a levou a deixar a SIC. “Eram anos e anos e anos em horários – tu sabes o que é que é – a fazer madrugadas, em horários horríveis, já não tinha vida para além daquilo. Aliás, o pai da minha filha que eu adoro conheci-o lá e mesmo o Rúben conheci a trabalhar”, começou por afirmar.

E Rita Ferro Rodrigues assumiu ainda que não gostava de apelar às chamadas de valor acrescentado. “Já não me estava a dar prazer fazer o que estava a fazer, a televisão estava a mudar muito nessa altura (…) foi no pico das chamadas de valor acrescentado, eu odiava fazer aquilo. Fazia-o com honestidade e tentava ser o mais sincera possível com as pessoas, mas… Estava horas no ar e imaginava a minha avó em casa a ligar. Para mim era de uma violência enorme”, recordou.

Rita Ferro Rodrigues não estava em paz: “Houve uma série de questões de consciência”

Mas as críticas à televisão não se ficaram por ali… “Os conteúdos dos programas de daytime, quando comecei a fazer, eram muito mais interessantes. O Francisco Menezes, um dos meus parceiros nessas alturas, dizia que éramos ‘descascadores de almas’. Com 20 anos eu conseguia desligar-me e ir para casa, mas com 40 já não conseguia e sentia que havia uma ‘vampirização’ da vida das pessoas e que eu não estava a ser correta. Houve uma série de questões de consciência“, lamentou.

Rita Ferro Rodrigues fez questão de salientar que mantém ainda uma boa relação com a SIC. “Não tenho razão de queixa e tenho uma ótima relação com o canal. Era importante para mim, porque foram quase 20 anos”, finalizou.

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Texto: Carolina Marques Dias; Fotos: Impala e redes sociais

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