Primo de Rogério Samora faz pedido em tribunal sobre herança do ator
O primo de Rogério Samora, Carlos Samora, quer ficar responsável pelo legado do ator, uma vez que o pai deste, herdeiro legítimo, sofre de Alzheimer e está internado num lar.
A partida prematura de Rogério Samora obriga a família a dedicar-se a factos mais burocráticos, como é o caso da herança. Uma vez que o ator não tem filhos, o seu pai é, por lei, o herdeiro direto. Porém, devido ao seu estado de saúde e, sobretudo, de lucidez, Edmundo Samora terá que ter um representante legal que faça a gestão da herança.
Até ao dia das cerimónias fúnebres, que se realizaram este fim de semana, Edmundo nem sequer sabia da condição do filho. Foi o primo Carlos Samora quem o afirmou, frisando o que já tinha avançado à NOVA GENTE no verão. “O pai do Rogério está internado num lar e a sua situação também não é nada fácil. (…) Não há necessidade de o estar a fazer sofrer. Se o pudermos evitar, melhor”, disse Carlos, garantindo que o tio não estranha a ausência do filho porque este “raramente lá ia” devido à sua vida profissional “complicada”.
Edmundo está internado num lar há vários anos e o ator chegou a falar publicamente sobre o caso. “Desistiu após a morte da minha mãe. Aceito e compreendo. Escolheu viver o resto dos seus dias da maneira mais difícil, mais dolorosa. Ainda está vivo. E que assim se mantenha por muitos anos, é o que desejo”, explicou Rogério Samora numa entrevista.
Por lei, e depois dos ascendentes, a transmissão de bens faz-se entre irmãos e descendentes destes. Só que, neste caso, Samora tem um irmão, Paulo, cujo paradeiro é desconhecido. “Não sabemos dele. Falámos muitas vezes sobre isso entre nós. Não sabemos se está vivo ou não. Ele não responde a mensagens, nem a cartas registadas, nem sequer aos ofícios do Ministério Público. Sinceramente não sei…”, explicou Carlos Samora, que pretende ficar a cuidar de Edmundo, o pai de Rogério. “Sou eu que vou ficar responsável, se for possível”, avançou à revista ‘TV 7 Dias. Consequentemente, Carlos ficará gestor da herança.
Em 2018, em entrevista a Júlia Pinheiro e João Paulo Rodrigues, que então conduziam o extinto “Queridas Manhãs” da SIC, Rogério Samora emocionou-se ao revelar à dupla de apresentadores que não conseguia ajudar o irmão com “um grave problema mental”. O ator relatou, então, a vez em que este lhe enviou uma “mensagem muito manipuladora”. “Eu desatei a chorar no meio da rua e não conseguia parar”, lembrou.
Samora sublinhou, na época, que a principal causa para o mal-estar entre ambos era monetária. “Porque é que eu não consigo ter uma relação boa com o meu irmão? Só o dinheiro é que serve de laço familiar”, lamentou.
Legalmente, e caso não haja qualquer testamento, os herdeiros estão definidos pela lei de acordo com a seguinte ordem: cônjuge e descendentes, cônjuge e ascendentes, irmãos e seus descendentes, outros parentes na linha colateral até ao 4.º grau e o Estado.
No seu site, a DECO adianta que “os herdeiros mais chegados ao falecido são os primeiros a ser chamados à sucessão, excluindo o direito de herdar dos mais afastados”. “Se, por exemplo, o falecido deixar cônjuge e filhos ou só estes últimos, os seus pais não serão chamados à sucessão. Se não deixar filhos, mas os pais sobreviverem, os seus irmãos não herdarão e assim sucessivamente”.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram e DR
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