Dizem que Rogério Samora era um ator com uma personalidade intempestiva. Talvez incompreendida. Que deixava a alma em palco. Que se entregava a todos os projetos com a mesma honestidade. Que sabia tudo o que queria quando representava. Que conseguia esse mesmo tudo. Que era “brusco” com colegas. Que era “intenso”. Que era “perfecionista”. Que tinha um “feitio peculiar”. E “poucos amigos”, chegou a afirmar o próprio. Atrás deste profissional de mão-cheia, tímido e reservado, escondia-se um outro Rogério Samora: um homem carinhoso e de uma generosidade sem par, que conquistou o coração de várias mulheres. Que se deixou conquistar. A primeira foi Leonor. “Leonor Samora, sim. Mantive o apelido dele”, confirma à NOVA GENTE. Foi a ela quem, pouco tempo antes de sofrer uma paragem cardiorrespiratória, em julho passado, o artista pediu novamente em casamento.

Rogério Samora tinha 18 anos quando conheceu Leonor. Ela tinha 28. Casaram-se cerca de dois anos depois, pouco antes de ele completar 20. “Foi amor à primeira vista e a diferença de idades nunca se notou. Eu tenho um espírito jovem e ele parecia mais velho. Não aparentava nada a idade que tinha”, conta-nos, em exclusivo, a ex-mulher do ator. Rogério morreu a 15 de deembro passado, aos 62 anos, depois de quase cinco meses internado e em coma. “Aliás, só na véspera de nos casarmos é que ele me disse a idade verdadeira. Mentiu-me sempre”, ri-se. Tinha medo que eu desistisse de ficar com ele”, acrescenta. 

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Notícia www.novagente.pt

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