Sara Prata assediada e intimidada em viagem de táxi

Sara Prata revelou que ainda hoje sofre com o “sentimento de medo” e de sentir-se “exposta, observada e intimidada”. As mulheres por vezes são vistas como meras presas”, diz.

Atriz Sara Prata relatou uma viagem de táxi, da qual nunca vai esquecer-se. Foi assediada durante uma viagem que durou hora e meia, devido ao trânsito, tendo-se sentido sem alternativas para escapar da situação.

Primeiro, o taxista terá querido saber quem a atriz “era, o que fazia, quantos filhos tinha”. Depois, invadindo cada vez mais o seu espaço e a sua intimidade, pediu-lhe o número de telefone e estendeu-lhe um “convite para jantar”. Tudo enquanto Sara Prata rejeitava as investidas constantes.

“Comecei a inventar chamadas, para evitar que a conversa continuasse. Mas este homem, olhando para mim de cima abaixo, observava-me e até me perguntava se eu estava com frio, por ir tão tapada (estava de vestido e decidi colocar o meu casaco a tapar as pernas, até porque o braço dele já estava demasiado próximo de mim) e insistia de novo e de novo num jantar ou num copo”, conta.

Sara Prata constata que mulheres são vistas por vezes como meras presas

“Estava presa no trânsito, no meio da Segunda Circular, não podia simplesmente sair e ficar na faixa de rodagem. E tinha a mala na bagageira. Decidi registar tudo. Um vídeo da conversa em que se percebe a insistência dos convites, o registo profissional do condutor, a matrícula. Alterei o destino e fiquei longe para que ele não percebesse para onde eu ia na verdade. Foram minutos paralisantes. O sentimento de medo, de me sentir exposta, observada e intimidada ainda hoje não foi totalmente embora”, confessa.

Sara Prata quis usar a sua voz pública para lembrar que as mulheres são vistas, “por vezes, como meras presas”, “obrigadas a travar este sentimento” que só elas conhecem.

 

Texto: Tiago Miguel Simões;
Fotos: Impala e Instagram

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