Tia de Jorge Gabriel morreu de covid-19. Apresentador perde terceiro familiar em três semanas
Jorge Gabriel perdeu uma tia, vítima de covid-19. Já em janeiro tinha morrido uma outra familiar do apresentador da RTP e, cerca de duas semanas antes, o pai, ambos infetados com o novo coronavírus.
A família de Jorge Gabriel tem sido fustigada pela covid-19. Depois do pai e de um outro parente, uma tia do comunicador também perdeu a vida para o novo coronavírus.
“Hoje [sábado, dia 6) despedi-me de mais um familiar, a minha tia Luísa. O motivo já sabem. Esta maldita praga. Quando isto acabar teremos de fazer uma gigantesca homenagem nacional aos que perdemos. É o minimo”, escreveu Jorge Gabriel nas redes sociais.
“Que vergonha”
No final de janeiro, o apresentador da “Praça da Alegria”, da RTP1, chorou a morte de um outro familiar, que não identificou. “Hoje [dia 31 de janeiro] perdi mais um familiar. Este luto não é meu, é de todos”, anunciou. “Como é possivel continuarem refeições em restaurantes às escondidas? Jogos de cartas em cafés? Fugas de restaurantes para esgotos? Festas de sexo em clubes? Compras feitas em supermercados por familias inteiras? Que vergonha”, lamentou.
Uma semana antes, o rosto da estação pública de TV viu o pai, Albano Fialho, sucumbir após ter sido também infetado. “Há vários dias que este nó me apertava a garganta, me desfazia a esperança. O meu pai, o Senhor Albano Fialho partiu. A covid desgatou o que os 96 anos ainda lhe permitiam”, desabafou o colega de Sónia Araújo nas manhãs da RTP1, descrevendo o progenitor como alguém “integro, idóneo, zelador incansável do erário público e eterno estudioso”.
“Será sempre meu guia, a minha voz da consciência que me admirava como qualquer outro pai. Mas este era o meu. Aquele que não suportava que tirasse uma folga, que não faltasse aos meus deveres profissionais, e que respeitasse os outros como gostaria que me respeitassem”, prosseguiu Jorge Gabriel, agradecendo-lhe, ainda, “tanta sabedoria”
Jorge Gabriel: “Obrigado pai. Vai lá ter com a mãe”
A homenagem do apresentador ao pai remata com um agradecimento ao profissionais que estiveram ao cuidado de Albano Fialho até ao último minuto: “Agradeço ao lar de Santo António de Alfragide pelo quanto cuidaram, pelo quanto o amaram. Ao hospital Amadora/Sintra pelo quanto fizeram e se esforçaram por um cidadão de tanta idade.”
“A melhor homenagem que lhe posso prestar é amanhã não faltar. É cuidar de falar bem português, como era seu ponto de honra, e apresentar a Praça até poder cumprir os serviços fúnebres permitidos em tempos de Pandemia. Obrigado, pai. Vai lá ter com a mãe”, concluiu.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: DR
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