Tinha menos de 50 mil subscritores no TikTok, onde partilha o seu estilo de vida. Mas desde que disse, em tom de diversão, ter atropelado uma mulher e fugido que o número de fãs de Tiago Grila nessa rede social aumentou. Esta tem sido, porém, a única consequência positiva para o influenciador desde que confessou aqueles crimes no Podcast do Mestre, de Bruno Dias.

Apesar de se afirmar inocente, atribuindo as suas palavras a uma mera brincadeira e a uma manobra de marketing, o seu nome saltou para as primeiras páginas de jornais e o Ministério Público abriu uma investigação. O alentejano, que era conhecido maioritariamente entre os mais jovens (os grandes utilizadores daquela plataforma), viu a sua fama espalhar-se. Acabou por sair do País rumo a Angola “por questões de segurança”, depois de ter recebido “muitas ameaças”.

O passado marcado por drogas e vícios

Na Amareleja, onde nasceu, aqueles que o conhecem desde sempre ficaram “chocados” e “revoltados” com os alegados crimes cometidos pelo “menino da terra”, noticiou a CMTV. Um “menino” agora com 33 anos que não esconde ter um passado ligado ao vício do jogo e às drogas. No mesmo podcast em que afirmou ter embatido contra uma mulher perto do Bingo da Amadora, onde vive desde os 18 anos, Tiago relatou ter chegado “a gastar cinco mil euros num dia” em estupefacientes. “Era um miúdo que recebia mais de 1500 euros, fora bónus e outros extras. Não tinha despesas nenhumas e entrei numa espiral”, adiantou.

Os seus dias eram de excessos e foi a mãe que o convenceu a pedir uma autoproibição para entrar em casinos – onde perdeu os “muitos milhares na roleta” que ia ganhando – depois de ter sido apanhado, por três vezes, a conduzir com uma taxa de álcool no sangue superior à permitida por lei. Chegou a ficar sem carta de condução (indo até Angola para contornar a lei e tirar nova licença). “Até no bingo fui viciado. Chegava a estar, sozinho, das três da tarde às três da manhã a jogar”, admitiu a Bruno Dias.

Esteve internado numa clínica de reabilitação perto de Fátima, de onde diz ter saído “limpo” ao final de três meses, mas voltou a cair na tentação. Consumiu cocaína por causa da sua “mania das grandezas” e em especial quando trabalhava no Carruagem Real, em Caxias, bar do fadista Mico da Câmara Pereira que o influenciador apelida de “antro de droga”. Diz que está livre deste vício há um ano. 

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Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Redes Sociais.

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