Tozé Brito abre guerra com Fátima Padinha
A ex-cantora das Doce Fátima Padinha desmente o produzir musical Tozé Brito, que afirmou que a relação entre ele e as artistas daquele grupo de sucesso dos anos 1980 passou por “amizades coloridas”.
A ex-cantora das Doce Fátima Padinha sente-se indignada com as declarações de Tozé Brito sobre a relação que este disse ter mantido com os elementos do grupo musical de sucesso dos anos 1980. Em entrevista a uma publicação semanal, o produtor musical afirmou que, além do vínculo profissional, o que o unia a Padinha, Helena Coelho, Teresa Miguel e Laura Diogo foram também “amizades coloridas”. “Fantasias patéticas”, responde agora a artista e ex-mulher de Pedro Passos Coelho.
A afirmação de Tozé Brito surgiu na sequência de uma pergunta colocada pela TV Guia: “Sentiu paixão por alguma delas? Houve atração física? Envolvimento sexual?”. “É pá, era inevitável haver atração. Elas eram muito bonitas. Não vou negar”, respondeu aquele que foi um dos mentores das Doce. “Mas houve romances?”, perguntou ainda a mesma revista. “Opá, houve… amizades coloridas, chamemos-lhe assim (risos). Privei de muito perto com elas, muitas semanas, fora de casa. Passaram-se coisas. Ficam entre nós, não são para se contar”, atirou Tozé Brito.
Fátima Padinha desmente-o. “O Sr. Tozé Brito pode ter as amizades que quiser, sejam elas coloridas ou a preto e branco, mas deve ter sobretudo respeito e consideração pelas senhoras (na época, jovens) que fizeram as Doce (e não o Sr. Tozé Brito) e são hoje mães de família e merecedoras de respeito. Nunca o Sr. Tozé Brito passou semanas connosco na estrada, nem em tournées. Portanto, não teve muitas oportunidades para concretizar essas ‘amizades coloridas'”, diz a ex-mulher do antigo primeiro-ministro, falando em “insinuações a fantasias patéticas que nunca se tornaram realidade”.
“Machismo e marialvismo”, diz a ex-Doce sobre Tozé Brito
“Demonstrou assim a desmesura do seu ego e, à conta do filme sobre as Doce, inventa aquilo que nunca aconteceu. As Doce foram idealizadas e concretizadas por quatro mulheres: Teresa Miguel, Fátima Padinha, Laura Diogo e Lena Coelho. O Sr. Tozé Brito foi essencialmente autor e compositor de algumas músicas do grupo e não ‘pai’ das Doce. Muitas vezes, ele nem sequer conseguia abranger o caminho que queríamos para as Doce. Estávamos muito à frente dele”, garante ainda.
A terminar, Padinha pede a Tozé Brito para “ter vergonha em exibir o seu machismo e marialvismo”. “Gabar-se desta maneira de uma pretensa ‘amizade colorida’ só demonstra que foi, e continua a ser, o primeiro a difamar todos os elementos das Doce. Não posso, por isso, deixar de me sentir indignada. Quem não se sente não é filho de boa gente”, completa.
Série sobre as Doce estreia-se na RTP1 em outubro
Depois do filme, lançado no início deste verão, chega a série. “Bem Bom”, sobre histórias de vida e da carreira das Doce, estreia-se a 2 de outubro, pelas 21h00, na RTP1. “A série tem uma forte componente musical, baseada em factos e depoimentos reais, acompanhando todo o percurso da banda desde o seu início em 1979 até ao fim da formação inicial. Vivemos esta história pelos olhos das quatro protagonistas, as cantoras das Doce mas sem esquecer o círculo de pessoas que lhes são mais próximas: amigos, cúmplices, namorados, amantes, assim como opositores”, explicou o canal público em comunicado.
Além de Ana Marta Ferreira, Bárbara Branco, Carolina Carvalho e Lia Carvalho – que vestem as peles das quatro integrantes das Doce -, a série conta ainda com interpretações de José Mata, João Vicente, Igor Regalla, Hélder Agapito e Eduardo Breda.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Arquivo Impala
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