Ricardo Carriço, Maria João Luís, Joana de Verona, Sofia Nicholson e Eládio Clímaco são apenas alguns dos muitos nomes que, esta sexta-feira, 7 de agosto ao final do dia, se dirigiram à Escola das Mulheres, no Clube Estefânia, em Lisboa, para se despedirem de Fernanda Lapa. A atriz era uma das fundadoras e diretora artística da companhia de teatro e é lá que, desde as 18h00 de ontem, o corpo está em câmara ardente.

Muitos, como Ângela Pinto, trocaram o ramo de flores pelo cravo, símbolo da Liberdade pela qual Fernanda Lapa sempre lutou. A conceituada encenadora e atriz tinha 77 anos e morreu nesta quinta-feira, 6 de agosto, em Cascais, onde estava hospitalizada. Desconhecem-se as causas da morte.

Para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Portugal diz adeus a uma «voz interventiva nas questões do Teatro, da Cultura e da intervenção cívica». A ministra da Cultura, Graça Fonseca, que esteve no velório, destaca a «figura ímpar da História do Teatro português nos últimos 50 anos», que deu, durante a sua carreira, «oportunidade, palco e voz às mulheres na representação».

Família de Bruno Candé presente

Quem também marcou presença no velório da irmã da também atriz São José Lapa foram familiares de Bruno Candé, assassinado a tiro, em Moscavide, no dia 25 de julho, num crime motivado alegadamente por questões raciais. Isto na sequência de, em comunicado, a família de Fernanda Lapa ter apelado «a todos aqueles que queiram enviar flores que, em vez disso, fizessem um donativo para a família do ator».

O corpo de Fernanda Lapa vai sair do Clube Estefânia, às 16h30 deste sábado, para Centro Funerário de Cascais, em Alcabideche, onde será cremado. A atriz deixa três filhas.

Texto: Dúlio Silva; Fotografias: D.R.

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