Wanda Stuart Despe-se de preconceitos: “Sempre fui uma furiosa dramática”

Nuno Azinheira entrevistou Wanda Stuart, em exclusivo, para a Nova Gente

Wanda Stuart Despe-se de preconceitos:

 

Sempre levou tudo à frente, até o desejo de ser artista contra a vontade do pai. Não desistiu e afirmou-se pela diferença. Entrevista à mulher de cabelo azul, que não gostou do primeiro beijo, que namorou “quanto baste” e que não depende do amor para ser feliz.

 

Sempre foste assim?

Assim, como? [gargalhada]

 

Destemida, desempoeirada, fora da caixa.

Desde que me lembro, sim. Sempre gostei de ser diferente.

 

Mas era uma forma de desafiar a autoridade do teu pai, que era militar?

Talvez. Ao fim de uns anos, a gente depois olha para trás e pensa: “Porque é que eu era tão contra a autoridade?” E agora, que estou mais velha, percebo. O meu pai teve uma educação muito rígida e também deu essa educação aos filhos, e não era fácil. Ele esteve na Guerra do Ultramar, era oficial do Exército. Eu não compreendia porque é que não se podia fazer barulho em casa quando o meu pai chegava. Agora já entendo que realmente havia certos barulhos que o incomodavam.

 

És a mais nova dos irmãos. Quantos anos tem o mais velho?

Todos temos intervalos de dois ou três anos, portanto, se eu tenho 56 anos, ele deve ter os seus 70.

 

Como é que era a vossa relação?

Brincávamos todos juntos. Claro que cada um tinha o seu grupinho de amigos com idades mais aproximadas umas das outras, mas tínhamos momentos de festa nos Olivais, em que estava toda a gente na rua, não importava a idade. Eu geralmente era a mais nova sempre do grupo, portanto habituei-me sempre a lidar com pessoas mais velhas. Tínhamos sessões de música na rua em que o Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, levava a guitarra.

 

Há quantos anos é que tens o cabelo azul?

Desde 1996. Portanto, já vai fazer quase 30 anos.

 

Este era o teu lado radical logo ali a falar?

Sim. E a convicção de que as pessoas iam reparar em mim. Resultou [risos].

 

Foste namoradeira?

Quanto baste. Nunca extrapolei. Quando tinha, tinha um.

 

Acabavas com um para começar com outro?

Sim e tinha sempre um período de luto, porque gostava muito daquela sensação de passar daquela fase da namorada para a fase solteira.

 

Como eram esses momentos de luto?

A ouvir músicas tristes, a chorar pelos cantos. Eu sempre fui uma furiosa dramática [gargalhada].

 

Leia esta entrevista na íntegra na sua NOVA GENTE. Em banca.

Texto: Nuno azinheira; Fotos: Zito Colaço

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