Robin Williams foi um dos mais importantes atores e comediantes de Hollywood. Cometeu suicídio em 11 de agosto de 2014, cerca de seis meses depois de começar a sentir os sintomas de uma doença que só seria diagnosticada após a morte – demência com Corpos de Lewy. Bruce Willis foi diagnosticado inicialmente com afasia, doença que causa dificuldades na linguagem e comunicação, mas posteriormente foi descoberto tratar-se afinal de um sintoma de demência frontotemporal. Quais as semelhanças e diferenças entre as demências de Bruce Willis e Robin Williams?

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A Demência com Corpos de Lewy, doença de Robin Williams, é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente pessoas acima dos 60 anos e é caracterizada pela presença de agregados anormais de proteínas no cérebro, chamados corpos de Lewy, o que pode causar flutuações no estado mental, alucinações visuais, problemas de sono, rigidez muscular, tremores e problemas de memória.

Já a demência frontotemporal (DFT), doença de Bruce Willis, afeta principalmente as áreas frontal e temporal do cérebro, resultando em mudanças de personalidade, comportamento e linguagem, os sintomas da DFT podem incluir apatia, impulsividade, perda de empatia, dificuldades na comunicação, alterações no apetite e na higiene pessoal. Ambas as doenças apresentam sintomas semelhantes aos da doença de Alzheimer, dificultando o diagnóstico, elas não possuem cura, mas os tratamentos podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Alcoolismo pode ter colaborado para demência de Bruce Willis e Robin Williams

As demências podem surgir através de uma série de fatores, como lesões vasculares, deficiências nutricionais, impactos na cabeça ou genética. O estilo de vida, porém, é um dos principais fatores que pode colaborar para o desenvolvimento da condição. Bruce Willis e Robin Williams já tinham admitido terem problemas de alcoolismo e relatado como isso tinha impacto nas vidas deles. De acordo com o neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu Agrela, este pode ter sido um fator crucial para o desenvolvimento das demências.

“Não podemos afirmar que esta foi a causa isolada das demências. Analisando, contudo, os dois casos, podemos perceber que este é um ponto em comum em ambos os casos, e que não devemos ignorar. A ciência já demonstrou que efeitos negativos como abuso de substâncias como álcool, má qualidade do sono, alimentação desequilibrada ou sedentarismo, entre outros hábitos nocivos, contribuem para o surgimento e desenvolvimento de doenças neurodegenerativas”, conclui.

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