Polémica: Manuela Moura Guedes diz que Sócrates «tentou seduzir jornalista de política da TVI»
A jornalista explica como é que o antigo primeiro-ministro seduzia os jornalistas. E ainda diz que chegou a sentir «pena» dele.
Foi há oito anos que Manuela Moura Guedes foi afastada do Jornal Nacional das sextas feiras, na TVI. A jornalista garante ter sido posta fora a mando de José Sócrates por ser demasiado incómoda para o governo do antigo primeiro-ministro.
E não foi por ter sido despedida que Moura Guedes se calou. Em entrevista ao «jornal i», faz novas revelações.
Manuela Moura Guedes conta que o então primeiro-ministro – agora acusado de 31 crimes pelo Ministério Público – tentou seduzir pelo menos uma jornalista da televisão de Queluz de Baixo.
Sedução a jornalistas
«Ele ligava para os jornalistas. Esse então dava-se ao trabalho de ser ele a ligar pessoalmente, eles ficavam encantados. Não vou dizer quem, mas ele convenceu até uma jornalista de que andava interessado nela. Lembro-me perfeitamente, uma jornalista de política», começou por explicar.
«Quando foi o caso da Carla Bruni [mulher do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy], ele deve ter pensado “ora aqui está uma coisa boa” e então andou a fazer rapapés a uma jornalista da TVI [risos]. Não é divertido? Ligava-lhe…», acrescenta.
O que Moura Guedes não diz é se chegou a haver envolvimento físico. Nem revela no nome da jornalista.
«Dei comigo com pena dele»
A antiga pivô vai mais longe. Diz que chegou a sentir «pena» de José Sócrates quando leu “as escutas com as mulheres, aquele chorrilho de mulheres a pedirem-lhe dinheiro”. Recorde-se que tais escutas fazem parte do processo Operação Marquês e que revelam que o político sustentava várias mulheres.
“Estive a ler e dei comigo com pena dele. Aquilo era uma coisa inacreditável. Tinha uma rede de mulheres… não sei por que é que elas tinham direito ao dinheiro, se calhar porque lhe fizeram imensos favores, sei lá”, disse.
“Segundo aquelas escutas , ele dava dinheiro à barda àquele mulherio todo. E pensei: “Isto não é normal, estou com pena dele”. Aquilo era demais, até à mãe. “Ó filho…” “Mmmm” – ele fazia este som cada vez que cada mulher lhe ligava [risos]. “Então” “ó filho, não vou dizer… é que vi um casaquinho tão lindo…” [risos] Pimba! Lá ia! Chulice”, comentou.
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