Meghan e Harry e a viagem que mudou a história dos Sussex
Faz neste domingo um ano que Meghan e Harry realizaram aquela que seria a última viagem dos duques de Sussex à África do Sul como membros seniores da Casa Real britânica.
Foi no dia 23 de setembro que o príncipe Harry e Meghan Markle viajaram com o filho Archie, que tinha então quatro meses, para África do Sul, naquela que seria a primeira viagem do filho dos duques de Sussex e a última dos mesmos como membros seniores da Casa Real britânica.
O casal real chegou ao aeroporto e chamou logo à atenção quando prestou uma homenagem subtil à princesa Diana: o pequeno Archie surgiu com um gorro branco na cabeça, igual ao que lady Di vestia aos filhos Harry e William quando estes eram bebés. A imagem tornou-se viral e os britânicos ficaram embevecidos com o gesto dos duques de Sussex.
Is Archie wearing his daddy’s hat??#RoyalTourAfrica pic.twitter.com/7qJKz3FN8z
— N (@The71_niji) September 23, 2019
O discurso marcante de Meghan: «Estou aqui como mulher negra e vossa irmã»
No dia seguinte, Meghan Markle e o príncipe Harry visitaram a aldeia de Nyanga e a ex-atriz fez um discurso que marcou a visita dos duques à África do Sul. Depois de dar uns passos de danças africanas com o marido, a mãe de Archie discursou e deixou palavras que foram merecedoras de vários aplausos por parte do público.
«Deixem-me dizer-vos que enquanto estou aqui com o meu marido, como membro da família real, quero que saibam que estou aqui como mãe, esposa, mulher, como mulher negra e vossa irmã», declarou.
A alcunha cheia de significado de Archie
Foi durante a visita à Mesa de la Justicia, ainda na aldeia de Nyanga, que o pequeno Archie teve a honra de ser “renomeado” com um novo nome: Archie Harrison Mountbatten-Windsor recebeu o apelido Ntsika, que significa «pilar de força», em xhosa, um idioma local, e que lhe foi atribuído pelo Gogo [que significa avô e se refere ao membro mais velho e respeitado da aldeia].
Muito honrados e felizes com a atribuição de um apelido tão especial, Meghan e Harry não esconderam o entusiasmo e alegria. Uma vez que Archie ainda é muito pequenino e não se vai lembrar da viagem a África do Sul, um dos representantes do Departamento da Justiça entregou uma camisola preta infantil à duquesa de Sussex.
Meghan presta homenagem a Lady Di
Na mesma «tourné» em terras africanas, Meghan Markle voltou a homenagear a falecida sogra, lady Di, que morreu num trágico acidente de viação, em 1997. Durante a visita à mesquita de Auwal, em Bo-Kaap, na Cidade do Cabo, Meghan usou, pela primeira vez, um lenço na cabeça e as imagens foram comparadas a fotografias em que a princesa Diana aparece igualmente com um vestido verde e com um lenço branco na cabeça.
A primeira aparição oficial de Archie e o nome carinhoso
Mas o momento alto da visita à África do Sul foi a aparição especial do pequeno Archie, a primeira e única num evento oficial da Coroa britânica. O vídeo onde o filho de Harry aparece ao lado da mãe foi partilhado por centenas de fãs nas redes sociais.
Esta foi também a primeira vez que foi possível ver as parecenças do bebé, que tem agora um ano de idade, com pai: «É igualzinho ao pai quando era pequeno!», «Parece o Harry!», «Esta família é linda. Espero que sejam sempre muito felizes! São ótimos pais!», escreveram, na altura, os fãs dos duques de Sussex nas redes sociais. Foi nesta aperição, que aconteceu no encontro dos duques de Sussex com o arcebispo Desmond Tutu, que Meghan e Harry revelaram que Archie tem um nome carinhoso: Bubba.
Meghan rouba todas as atenções na África do Sul
Meghan Markle mateve um papel muito ativo nesta visita oficial à Àfrica do Sul. A ex-atriz visitou a fundação Mothers to Mothers, que ajuda mulheres que são seropositivas a nível pessoal e profissional. A fundação apoia mulheres de Khayelitsha e Lesoto, duas cidades na África do Sul, com HIV e as suas famílias, dando-lhes a possibilidade de ter acompanhamento médico cuidado e especializado.
A duquesa doou roupas à fundação, principalmente peças que já não servem ao pequeno Archie. «É importante que possamos compartilhar o que funcionou com a nossa família e saber que estamos juntos. Queríamos compartilhar algo da nossa casa convosco», discursou Meghan.
O momento mais esperado da visita de Meghan e Harry e a homenagem arrepiante a lady Di
Quase no fim da visita oficial, que terminou no dia 2 de outubro de 2019, o príncipe Harry deixou Meghan Markle e Archie na África do Sul e viajou até Angola eno dia 27 de setembro. O filho do príncipe Carlos visitou um antigo campo de minas, na cidade de Huambo, o mesmo local que foi visitado pela princesa Diana há 22 anos.
Este era um dos compromissos mais esperados pelos fãs da família real britânica durante a visita oficial dos duques de Sussex ao continente africano. As fotos do príncipe Harry, de 35 anos, correram mundo e foram comparadas às fotos tiradas a lady Di no ano de 1997, numa das últimas viagens da princesa de Gales antes do trágico acidente de viação que lhe tirou a vida.
No mesmo dia, Meghan Markle, que continuou na África do Sul, visitou o memorial de uma estudante que foi violada e assassinada no mês de agosto de 2019 por um funcionário dos Correios. O crime aconteceu na Cidade do Cabo e chocou o país, dando origem a vários protestos nas ruas. Uyinene Mrwetyana tinha apenas 19 anos e a duquesa de Sussex fez questão de lhe prestar homenagem de forma privada.
O documentário mais polémico dos duques de Sussex
A visita dos duques de Sussex à África do Sul deu origem a um documentário – Uma Aventura Africana, produzida pelo jornalisma Tom Bradby – cujo grande protagonista foi o pequeno Archie e que viria a ser muito mais polémico do que alguma vez se podia imaginar. Nas imagens transmitidas pelo ITV, o príncipe Harry acabou por quebrar o silêncio sobre as zangas com o irmão, o príncipe William, que se adensaram depois de o casamento do filho mais novo de Carlos de Inglaterra com a ex-atriz norte-americana.
Foi também no decorrer desse mesmo documentário, transmitido no dia 20 de outubro de 2019, que os duques começaram a dar os primeiros sinais das suas verdadeiras intenções: deixar os deveres reais em definitivo. Meghan Markle falou sobre a pressão mediática de que foi alvo quando entrou para o seio da família real britânica e não escondeu a mágoa que sente pela forma como foi tratada pelos meios de comunicação social britânicos.
«Todas as mulheres, principalmente durante a gravidez, sentem-se muito vulneráveis. Foi um grande desafio para mim, principalmente quando o meu primeiro filho nasceu. Como mulher, é muito. Isto [a pressão mediática] é demais. E se juntar a isso ter sido mãe pela primeira vez e ser uma mulher recém-casada…», lamentou a mãe de Archie visivelmente emocionada.
Também Harry fez questão de reforçar como ainda estava traumatizado com a morte da princesa Diana. «É uma ferida que perdura. Fazer parte desta família, neste papel, neste trabalho… Sempre que vejo uma câmara ou ouço um clique, sempre que vejo um flash, lembro-me do pior momento da minha vida», confessou, deixando clara a vontade de se afastar dos «holofotes».
Na altura, os subditos não sabiam – nem desconfiavam – que aquela viagem era uma despedida dos Sussex do mundo da realeza. Nada faria prever que, poucos meses depois, no dia 8 de janeiro de 2020, o casal real anunciasse, em comunicado, a intenção de abandonar os compromissos reais em definitivo. Decisão que apenas ficou concluída no dia 31 de março de 2020, dia em que se deu o «Megxit», um acontecimento que marca para sempre a história da Casa Real britânica.
Texto: Mafalda Mourão;
Fotos: Reuters
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