Bruce Willis: Demência frontotemporal provoca alterações de personalidade

Demência frontotemporal pode provocar alterações na personalidade do indivíduo e contrasta com o exercício cerebral feito pelo ator.

Bruce Willis: Demência frontotemporal provoca alterações de personalidade

A família de Bruce Willis, de 67 anos, deu recentemente a conhecer o diagnóstico de demência frontotemporal do ator. Algo que acontece depois de o astro de Hollywood ter acabado a carreira em 2022 devido a tratamentos para a afasia, que já indicava a presença da demência.

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Bruce Willis diagnosticado com demência
O ator norte-americano Bruce Willis, que deixou de representar há um ano por razões de saúde, foi diagnosticado agora com demência (… continue a ler aqui)

A demência frontotemporal é uma doença neurodegenerativa caraterizada por fortes alterações na personalidade e comunicação do indivíduo. Algo que se deve às partes do cérebro que a doença atinge, lobo frontal e temporal, responsáveis, respetivamente, por funções como humor, comportamento, autojulgamento e a segunda, pelos impulsos gerados pelos estímulos visuais e auditivos. Normalmente este tipo de demência afeta pessoas por volta dos 45 a 65 anos de idade e vai atingindo maiores proporções com o tempo. Tendo início com leves alterações de humor, personalidade, perda da regulação social e dificuldades para nomear objetos. Podendo levar também a perdas de memória ou atrofias.

Normalmente este tipo de demência afeta pessoas por volta dos 45 a 65 anos

Por afetar o lobo frontal, região que modula os “travões sociais”, o indivíduo pode tornar-se mais desinibido, ter comportamento sexual impulsivo e explícito. Podendo tornar-se agressivo, usar roupas impróprias para determinadas ocasiões, fome compulsiva e atitudes repetitivas. O primeiro sinal da demência frontotemporal no ator, a afasia, é um tipo de demência que pode ocorrer individualmente ou ser parte de outra condição mais grave. Alterando a comunicação, tornando o indivíduo bastante monossilábico, introspetivo, apático e isolado. O diagnóstico da doença é inicialmente clínico, feito com recurso a avaliação médica através dos relatos de familiares e pessoas próximas, visto a incapacidade do indivíduo de identificar as alterações em si próprio, no entanto, tomografias computadorizadas ou ressonâncias magnéticas também podem ser utilizadas.

A demência frontotemporal não tem cura, mas o seu tratamento pode envolver técnicas importantes como o afastamento de objetos cortantes ou potencialmente perigosos para evitar potencializar ataques violentos, tornar o ambiente mais tranquilo e simples, grupos de apoio também podem ser importantes, alguns medicamentos podem ser utilizados, bem como acompanhamentos como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutricionista, entre outros.

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