Cobertor mais pesado ajuda a melhorar sono e saúde mental
Usar um cobertor pesado pode melhorar o sono e evitar a insónia, de acordo com investigação realizada por cientistas australianos. Pode ajudar na saúde mental, incluindo na ansiedade e na depressão.
Dormir com um cobertor pesado pode “melhorar o sono e evitar a insónia”, afirma-se numa nova investigação conduzida por cientistas australianos. De acordo com o estudo, pode até “ajudar na saúde mental, incluindo em casos de ansiedade e de depressão”.
Liderado pela terapeuta ocupacional e investigadora Suzanne Dawson, da Universidade Flinders, o estudo revelou que cobertores mais densos ajudam na redução de medicamentos para dormir e na melhoria do humor.
“Adultos que dormiram com cobertores pesados relataram melhor sono, menor uso de medicamentos para dormir e até melhorias no humor e no controlo da dor”, diz Suzanne.
Benefícios de dormir com cobertor pesado
O uso de cobertores pesados na reabilitação não é algo “recente”. “Na terapia ocupacional, cobertores pesados tornaram-se mais comuns entre muitas idades, mas não existem por enquanto diretrizes clínicas atuais para a sua atualização”, explica a terapeuta. Para comprovar a afirmação, a equipa de investigadores organizou um estudo alargado recorrendo a 18 artigos.
Todos resultados “eram semelhantes”. “Benefícios para a qualidade do sono, o tempo médio de descanso e até a rapidez com que as pessoas adormecem coincidiam”, afirma.
Ao todo, o grupo passou em revista os 18 estudos sobre efeitos do uso de cobertores pesados durante a noite – constatando-se ainda “melhorias na saúde mental, incluindo ansiedade e depressão, naqueles que usaram estas peças para dormir”.
“Estamos satisfeitos pelo facto de as descobertas terem sido usadas para mudar os protocolos para uso de cobertores pesados nos serviços públicos de saúde mental na Austrália”, assinala Dawson.
E nas crianças há diferença?
Para crianças, “os resultados são mistos”. “Em alguns dos pequenos notaram-se mudanças, mas noutros não.” Apesar das fortes evidências no uso em adultos, “o grupo infantil apresentou melhorias limitadas no sono em condições como Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou transtorno do espectro autista.
“Os pais relataram frequentemente que os filhos pareciam mais relaxados, menos ansiosos e mais concentrados durante as atividades diárias, o que pode ter impacto de longo prazo no bem-estar geral”, conclui a terapeuta ocupacional e investigadora Suzanne Dawson, da Universidade Flinders, da Austrália.
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