Juromenha nasce no Guadiana para servir gastronomia regional

Junto ao Guadiana, Juromenha assume um carácter estratégico, procurando proteger, revitalizar e fortalecer a identidade de um povo.

O projeto Juromenha – com assinatura de Gonçalo Nobre da Veiga, do atelier GV+A Arquitetos – segue um impulso para o efémero, enquanto corporização da vontade em diminuir o impacto ambiental e paisagístico, de soluções arquitetónicas que querem marcar para alem da vida dos materiais. Quer pela mobilidade e adaptabilidade à paisagem em que se insere quer pela intervenção pouco profunda que exerce sobre o terreno. Procurando a utilização de materiais leves, como a madeira, os olhos devem repousar na delicadeza da fusão entre madeira e vidro e nas formas de um edifício que corre para as águas do Guadiana.

Com paredes exteriores de vidro que absorvem a vista circundante e se abrem para o sol do Alentejo, resulta um edifício que quer ser um elemento integrante da paisagem em que se insere. Igualmente desenhado para incluir espaços dedicados à plantação de hortas, cujos produtos são parte das refeições confecionadas numa cozinha que se assume como o centro de todo um edifício dedicado à gastronomia local.

Assim como a gastronomia regional é definida pelos ingredientes aos quais se adicionam os temperos locais que, crescem nas planícies e perto das ribeiras, também este edifício nasce para se “entregar” à paisagem do Guadiana, mergulhando nos elementos que definem a cultura desta terra deste o Sec. XIII até hoje. Tal como a fortaleza, o projeto Juromenha assume um carácter estratégico, procurando proteger, revitalizar e fortalecer a identidade de um povo inesquecível.

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