Os riscos de usar maquilhagem, perfume e champô fora de prazo

O que acontece quando utilizamos maquilhagem, perfume e champô com fora de prazo ou a expirar? Há perigo real para a saúde?

Os riscos de usar maquilhagem, perfume e champô fora de prazo

Maquilhagem, perfume, champô e outros produtos de beleza e cuidados pessoais têm no ranking global de consumo os Estados Unidos da América, a China e o Japão, de acordo com dados da Euromonitor International. Entre os mais procurados encontram-se batons, cremes e produtos capilares pós-lavagem e, boa notícia, a procura por produtos sustentáveis e livres de componentes de origem animal é crescente. Há, no entanto, o reverso da medalha.

O que acontece se usarmos cosméticos e outros produtos de beleza ou de cuidado pessoal fora de prazo? Alline Peral – especialista em estética, cosmética e dermatologia – alerta para o facto de os prazos de validade serem “estabelecidos após rigorosos testes de estabilidade realizados pelas empresas, visando a proteção dos consumidores”.

Processo de degradação e perigos da sua utilização

Os riscos de usar maquilhagem, perfume e champô fora de prazo
Perfume fora de prazo pode, por exemplo, ser “reutilizado como aromatizador de ambientes”

Os testes têm como objetivo “prever a degradação dos componentes do produto, determinando o período ideal de utilização”. Mesmo antes de o prazo expirar, observam-se “alterações quando os produtos não são armazenados de forma adequada”. Portanto, “não é recomendado” usá-los perto ou já fora de prazo. Para lá da validade, é muitíssimo provável que os cosméticos, por exemplo, se degradem ao ponto de “aumentarem o risco de reações alérgicas na pele”.

Além disso, o fabricante só se responsabiliza por eventuais perigos quando o uso ocorre no período e nas condições indicadas, e anunciadas nos rótulos das embalagens. Produtos para lá do prazo aconselhado “tendem a perder eficácia”, apresentando “mudanças da cor, textura e odor”. Mesmo os raramente utilizados e bem conservados “não devem ser aplicados após o prazo, pois os conservantes perdem eficácia, permitindo proliferação de micro-organismos nocivos”, alerta Alline Peral.

Todos os produtos de maquilhagem, perfumes e produtos expiram

Os riscos de usar maquilhagem, perfume e champô fora de prazo
Champôs e cosméticos “devem ser evitados” após o prazo. Além de perderem eficácia, podem “desencadear alergias e até queda de cabelo”

A durabilidade de um perfume, por exemplo, “varia conforme a composição química e as condições de armazenamento”. Respeitar as informações do rótulo “é fundamental”. Se aroma e aparência permanecerem agradáveis, podem ter outro destino, sugere a especialista, podendo, por exemplo, ser “reutilizado como aromatizador de ambientes”. Os produtos para o cabelo, tal como outros cosméticos, “devem ser evitados” após o prazo indicado. Além de perderem eficácia, podem “desencadear alergias e até queda de cabelo”.

Os principais problemas que podem surir com a utilização de cosméticos e produtos de cuidado pessoal incluem “reações alérgicas, inflamações e infeções cutâneas por fungos e bactérias”. Por exemplo, “um protetor solar vencido pode “irritar a pele” além de perder “a capacidade de proteção contra radiação UV” (ultra-violeta).

Após a abertura, “é aconselhável utilizar o protetor solar num período adequado, pois a exposição ao ambiente compromete estabilidade e eficácia”. Prestar atençãoa atenção aos prazos de validade e às condições de armazenamento dos cosméticos é, portanto, “essencial para garantir a saúde e a eficácia dos produtos utilizados”, adverte a especialista em estética, cosmética e dermatologia Alline Peral.

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