Como fica a sentir-se no fim de uma semana inteira de trabalho? E o que faria se tivesse mais um dia de folga e menos um de trabalho? O grande estudo internacional feito à semana de trabalho de quatro dias já terminou e mostra que reduzir um dia é benéfico tanto para funcionários como para patrões. Dados foram publicados na terça-feira, dia 21 de fevereiro.

O maior teste do mundo foi coordenado pela organização 4 Day Week Global e mostra que a semana mais curta pode reduzir o burnout em 71% sem afetar a produtividade das empresas.

Risco de burnout reduzido em 71%

A experiência foi feita com 2,9 mil trabalhadores de 61 empresas do Reino Unido de várias áreas, entre as quais financeira, consultoria, habitação, vendas, marketing, turismo e tecnologias de informação. Durante seis meses, as empresas reduziram a semana de trabalho dos funcionários em 20% sem qualquer alteração salarial.

Sete em cada dez trabalhadores (71%) afirmaram que tiveram níveis mais baixos e esgotamento do que antes. Aproximadamente quatro em cada dez funcionários (39%) sentiram-se menos stressados face à redução de horário. Durante o estudo, os chefes conseguiram aumentar a eficiência das equipas, implementando reuniões mais curtas e definindo listas de tarefas diárias.

O fim de semana de três dias foi positivo para as pessoas quem tem filhos ou para quem cuida de familiares. Seis em cada dez funcionários disseram que se tornou mais fácil conciliar a vida profissional com a pessoal. Para 62% da amostra, ter mais tempo também foi benéfico para conseguir uma vida social mais ativa.

Níveis de produtividade mantém-se

Quando foram questionados sobre o que faziam com o tempo livre, a maioria respondeu que ia às compras para casa ou realizava tarefas domésticas para aproveitar melhor os outros dois dias. Muitos disseram que praticavam atividade física, voluntariado e cozinhavam por prazer.

O estudo mostra que, para 95% das empresas, a produtividade permaneceu igual ou melhorou. As empresas tiveram um aumento médio de 1,4% na receita. Houve também uma redução de 57% na saída de trabalhadores comparativamente ao ano anterior uma vez que a sua qualidade de vida foi melhorada com a redução da semana de trabalho.

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