5 conselhos financeiros para famílias numerosas

Um dos grandes motivos para que não existam mais famílias com mais de dois filhos (as chamadas famílias numerosas) no nosso país prende-se, sobretudo, com as condições financeiras, ou melhor, a falta delas.

5 conselhos financeiros para famílias numerosas

Num país com baixa natalidade e um sistema económico desigual, não é fácil encontrar quem, contra todas as probabilidades, decida ter mais do que dois filhos entrando, assim, no restrito clube das famílias numerosas.

De acordo com a APFN (Associação Portuguesa de Famílias Numerosas), existem em Portugal cerca de 30 mil agregados familiares que, em linha com a definição de família numerosa, tem mais do que dois filhos, número que acaba por ser insuficiente para ajudar a uma renovação geracional.

Um dos grandes motivos para que não existam mais famílias com mais de dois filhos no nosso país prende-se, sobretudo, com as condições financeiras, ou melhor, a falta delas, ainda que, como veremos mais à frente neste artigo, existam alguns apoios e soluções de poupança que podem ajudar a uma melhor gestão do orçamento mensal.

Como gerir o orçamento familiar de forma eficiente

Se tem uma família numerosa e quer gerir o seu orçamento mensal de forma mais eficiente, a primeira coisa a fazer é olhar com atenção para as despesas e compará-las com os seus rendimentos fixos.

Pode, igualmente, seguir a fórmula 50/30/20 que, na prática, preconiza que:

  • 50% do orçamento seja alocado para o pagamento de despesas fixas e essenciais, tais como rendas, alimentação, crédito habitação, água, eletricidade, gás, transportes e telecomunicações;
  • 30% para o pagamento de despesas não essenciais, nomeadamente viagens, compra de roupa e calçado, refeições fora de casa, idas ao cinema, concertos, etc;
  • 20% do orçamento mensal deve ser reservado para a poupança ou investimentos financeiros de baixo risco e retorno garantido.

Estratégias para poupar em despesas essenciais

Da categorização das despesas que tem mensalmente, será capaz de identificar gastos supérfluos e oportunidades para cortar em alguns serviços essenciais, nomeadamente nas telecomunicações, e renegociar outros, como a eletricidade e gás.

No caso das telecomunicações, recomendamos que faça uso do simulador da ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações) para tentar encontrar um pacote de serviços mais em linha com as necessidades do seu agregado familiar.

Já no que toca à energia, saiba que existe o mercado liberalizado e o mercado regulado e que, regra geral, este último oferece-lhe um tarifário mais reduzido.

Apesar disso, é importante que, para encontrar um serviço com um preço mais baixo, faça uso do simulador que a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) coloca à sua disposição e compare diferentes propostas.

Porque não existem dois simuladores sem três, no campo das compras de supermercado, uma das áreas que mais esgota o orçamento mensal de uma família numerosa, a DECO oferece-lhe um simulador que lhe permite saber sempre qual a superfície comercial onde encontrará os preços mais baixos e as promoções mais apetitosas.

Dicas para planeamento financeiro a longo prazo

Mais do que planear mês a mês, poderá colher mais e melhores frutos se pensar a longo prazo.

Neste sentido, tome nota destes cinco conselhos financeiros:

1 – Consolide Créditos

Se tem dois ou mais créditos ao consumo em seu nome, talvez seja a altura certa para recorrer a um crédito consolidado que, na prática, lhe vai permitir poupar até 60%, todos os meses, em prestações de crédito.

Para perceber se este é o momento certo para consolidar créditos, calcule a sua taxa de esforço. Caso esta taxa ultrapasse os 35%, recomendamos que parta para uma consolidação de créditos.

De forma a ajudá-lo na procura do melhor crédito consolidado do mercado, deve recorrer a um intermediário de crédito que, fruto da sua experiência no ramo e proximidade com as instituições de crédito existentes no mercado financeiro português, vai permitir-lhe usufruir de condições contratuais em linha com as suas necessidades e possibilidades financeiras.

Esse é o caso da e-loan, intermediária com, literalmente, créditos firmados no mercado português.

Para que possa iniciar a sua consolidação de créditos com a maior simplicidade e conforto, a e-loan disponibiliza-lhe um simulador de crédito consolidado online onde poderá pedir entre 5 mil e 120 mil euros, usufruir de prazos de reembolso entre 60 e 120 meses, ter acesso a taxas de juro reduzidas e, inclusive, a financiamento extra.

No momento em que o seu crédito consolidado for aprovado, a instituição de crédito irá liquidar todos os seus créditos anteriores na totalidade do montante em dívida e ficar como sua única credora, o que se traduz, mensalmente, numa prestação mais reduzida e na descida da sua taxa de esforço.

2 – Peça o alargamento do IVA reduzido na eletricidade

Para além do conselho que lhe deixamos anteriormente, pode e deve pedir o alargamento da taxa reduzida de IVA (6%) na eletricidade até aos primeiros 150 kWh consumidos em cada mês.

Entre os requisitos a cumprir para poder ter acesso a este benefício, encontram-se:

  • Possuir uma potência contratada igual ou inferior a 6,9kVA;
  • Comprovar a condição de família numerosa junto do seu fornecedor de energia através de requerimento.

Além do requerimento, deve entregar ao seu fornecedor de energia os seguintes documentos:

  • Declaração de IRS;
  • Cartão Municipal de Família Numerosas;
  • Declaração da Junta de Freguesia comprovativa do agregado familiar;
  • Última fatura de eletricidade em nome do titular do contrato de energia.

De sublinhar que este benefício tem a duração de dois anos, período após o qual pode ser renovado.

3 – Investir em Certificados de Aforro e/ou Certificados do Tesouro

Os investimentos financeiros podem fazer parte das suas estratégias de poupança a longo prazo, mas atenção: não aposte em investimentos de alto risco.

Apesar de lhe permitirem ganhar muito dinheiro de uma só vez, este tipo de investimentos não só não lhe garantem retorno, como apresentam um alto risco de incerteza.

Assim, para garantir um futuro mais confortável, aconselhamos a que invista em produtos financeiros de retorno garantido e baixo risco associado, como é o caso dos bem conhecidos Certificados de Aforro ou os dos Certificados do Tesouro.

4 – Crie um fundo de emergência

Para ajudar a sua família a ultrapassar momentos mais complicados ou até investir, crie um fundo de emergência com, pelo menos, o equivalente a seis vezes o valor das suas despesas mensais.

Nesse sentido, pode começar por depositar o valor correspondente a 3 meses de poupança e, mensalmente, ir acumulando 5% do seu salário até atingir o montante recomendado.

5 – Não coloque as poupanças familiares no mesmo banco

Para maximizar o seu dinheiro, diversifique o banco e/ou os produtos financeiros contratados, garantindo que apenas o montante que fica ao abrigo do Fundo de Garantia de Depósitos (até 100 mil euros por depositante) e do Sistema de Indemnização aos Investidores (até 25 mil euros) está aplicado a cada instituição, de forma a proteger o seu capital em caso de insolvência.

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