Foi há um ano que Bruce Willis deixou de representar depois de a família revelar na sequência de um diagnóstico de afasia, condição que pode afetar a fala e a linguagem. Agora, a mulher do ator, de 67 anos, partilha que a estrela de Hollywood sofre também com demência frontotemporal. Esta doença, que afeta os lobos frontais e temporais do cérebro, não tem tratamento nem cura. “A partir dos primeiros sintomas, a esperança média de vida é entre sete e 13 anos”, pode ler-se num comunicado partilhado na página da Associação norte-americana para a Degeneração Frontotemporal, que também partilhou a notícia.

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“Infelizmente, os desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que o Bruce enfrenta. Embora isto seja doloroso, é um alívio ter finalmente um diagnóstico claro”, escreve Emma Heming Willis, mulher do ator, nas redes sociais. Deixando ainda um obrigado às muitas mensagens de apoio que a família tem recebido neste momento.

O que é a demência frontotemporal?

Esta condição faz parte do grupo de doenças neurodegenerativas e progressivas que atacam o cérebro. Por norma, as primeiras alterações verificam-se nas emoções e comportamento. Os pacientes ficam sem filtros e começam a comportar-se de forma inadequada. Ficam indiferentes a tudo e são incapazes de se colocar no lugar dos outros. É uma doença diferente do Alzheimer pois não tem um impacto intenso na memória. Verifica-se, acima de tudo, uma mudança no comportamento. Costuma atingir pessoas com idades entre os 45 e os 65 anos. A origem pode ser genética.

Carreira de sucesso

Bruce Willis tem 67 anos e a carreira no cinema começou nos anos 1980, discretamente e em pequenos papéis, nomeadamente no filme O Veredicto (1980), de Sidney Lumet, escreve a revista Variety. O verdadeiro arranque de carreira do ator, que nasceu na Alemanha e cresceu nos Estados Unidos, aconteceu com a série televisiva Modelo e Detetive, entre 1985 e 1989, ao lado da atriz Cybill Shepherd, e em Die Hard – Assalto ao Arranha-Céus, o primeiro de uma popular série de filmes de ação.

Bruce Willis também fez comédia, nomeadamente em Olha quem fala (1989) e A morte fica-vos tão bem (1992), sendo ainda de sublinhar a participação em A fogueira das vaidades (1990), de Brian de Palma, Pulp Fiction (1994), de Quentin Tarantino e no qual contracena com a atriz portuguesa Maria de Medeiros, e em O sexto sentido (1999) e O protegido (2000), ambos de M. Night Shyamalan.

Texto: Bruno Seruca com Lusa

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