Cidade russa declara estado de emergência após derrame de produtos petrolíferos

As autoridades da cidade russa de Anapa, no Mar Negro, declararam hoje estado de emergência devido ao derrame de produtos petrolíferos, depois de um acidente no domingo que envolveu dois petroleiros russos.

Cidade russa declara estado de emergência após derrame de produtos petrolíferos

“Foi declarado o estado de emergência em Anapa devido ao derrame de produtos petrolíferos ao longo da costa”, disseram as autoridades da cidade de mais de 80.000 habitantes, na região meridional de Krasnodar, segundo a agência espanhola EFE.

A mesma medida foi tomada na cidade de Veselovka, na península de Taman, cerca de 35 quilómetros a noroeste de Anapa.

Anteriormente, o governador de Krasnodar, Veniamin Kondratiev, disse que tinham sido detetadas manchas de petróleo ao longo de várias dezenas de quilómetros durante a inspeção da linha costeira.

Os petroleiros “Volgoneft 212” e “Volgoneft 239”, ambos construídos há mais de 50 anos para a navegação fluvial e posteriormente adaptados para navegar no mar, colidiram no domingo durante uma tempestade perto do Estreito de Kerch, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.

O “Volgoneft 212” partiu-se em dois a cerca de 7-8 quilómetros da costa, após o que começou a derramar petróleo no mar, de acordo com um vídeo divulgado pelas autoridades locais.

O “Volgoneft 239” ficou à deriva durante várias horas e acabou por encalhar a cerca de 80 metros da costa, na região de Krasnodar.

Um membro da tripulação do “Volgoneft 212” morreu no acidente.

As equipas de socorro conseguiram resgatar com vida os restantes tripulantes dos dois petroleiros.

O acidente ocorreu no Estreito de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, a península ucraniana que Moscovo anexou ilegalmente em 2014.

O Estreito de Kerch é uma rota fundamental para a exportação de cereais russos e é também utilizado para a exportação de petróleo bruto, fuelóleo e gás natural liquefeito, segundo a televisão britânica BBC.

A Rússia foi alvo de sanções ocidentais por ter invadido a Ucrânia há quase três anos, e tem sido acusada de utilizar a chamada “frota fantasma de petroleiros” para contornar as restrições.

PNG (TYME) // APN

By Impala News / Lusa

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