DeepSeek lança campanha de recrutamento com altos salários para responder à procura

A plataforma chinesa de inteligência artificial DeepSeek anunciou uma campanha de recrutamento com ofertas que superam os 144.000 euros por ano, após ter alcançado sucesso a nível mundial no seu lançamento.

DeepSeek lança campanha de recrutamento com altos salários para responder à procura

A empresa publicou pelo menos 37 ofertas de emprego para vários cargos de tecnologia avançada, o mais bem pago dos quais é o de investigador de aprendizagem profunda, com um salário anual de cerca de 1,12 milhões de yuan (148.000 euros), segundo o jornal de negócios Securities Times.

A DeepSeek tem atualmente 150 funcionários, contra cerca de 1.700 da OpenAI, o principal concorrente norte-americano e o modelo de IA mais utilizado até à data.

Segundo o jornal, a empresa pretende recrutar os melhores talentos acabados de sair das universidades chinesas, para o que lançou também uma oferta de bolsas de estudo nos principais domínios da IA, com compensações financeiras diárias bastante superiores às habituais num estágio e em que o almoço e até o jantar são subsidiados.

Com o reforço de pessoal, a empresa tecnológica procura responder ao crescimento exponencial de utilizadores desde o lançamento e melhorar e estabilizar o serviço, que tem sofrido interrupções e falhas técnicas supostamente devido ao afluxo maciço de consultas, ainda mais intenso devido ao Ano Novo Lunar, período em que grande parte da população chinesa esteve de férias.

O DeepSeek causou uma grande agitação na indústria global de IA após o lançamento, há algumas semanas, do seu modelo V3, que terá levado apenas dois meses a desenvolver e custou menos de seis milhões de dólares (5,7 milhões de euros).

Em 20 de janeiro, lançou a última versão, denominada R1.

Lançado em 2023 pelo fundo de investimento chinês High-Flyer Quant, o DeepSeek é de código aberto e oferece serviços 95% mais baratos do que o modelo o1 da OpenAI.

No entanto, a grande atenção que gerou – foi o líder de descargas para dispositivos Apple nos Estados Unidos – também se traduziu em críticas, uma vez que a aplicação se recusa a comentar questões afetadas pela censura na China, como o massacre de Tiananmen de 1989 ou o estatuto de Taiwan.

 

JPI // CAD

By Impala News / Lusa

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