Galeria alemã mostra terceira exposição individual de Paula Rego em Munique

A galeria Jahn und Jahn volta a apresentar uma exposição individual de Paula Rego, a partir de quinta-feira, a terceira da artista neste espaço de Munique, na Alemanha, intitulada “Life Study”.

Galeria alemã mostra terceira exposição individual de Paula Rego em Munique

“Destacamos nesta exposição as obras em desenho da artista intimamente relacionadas com a produção em pintura”, revelou à Lusa Carolina Trigueiros, diretora da Jahn und Jahn Lisboa.

Na página oficial da galeria pode ler-se que Paula Rego representa uma “atitude artística inconfundível”.

“Traduz contextos políticos, sociais e da cultura pop em estruturas pictóricas que revelam os abismos da nossa existência humana e exploram questões de estruturas de relacionamento carregadas de conflito, violência, morte e sexualidade. Imoral e disciplinada, retrata esses contextos em figuras que parecem poderosas e fortes na sua autoconfiança”, destaca a galeria.

Tim Geissler, da Jahn und Jahn Munique, conta à Lusa que a ligação a Paula Rego começou há mais de uma década.

“Fizemos a primeira exposição da artista portuguesa em 2013, foi a primeira vez que Paula Rego teve uma exposição individual na Alemanha. Desde então, tem-se mantido uma relação entre a galeria e o trabalho da artista”, aponta.

Nos últimos anos, Rego, que morreu em 2022, tem despertado a atenção internacional. Retrospetivas como a da Tate Britain, em Londres, em 2021, bem como a participação na 59.ª Bienal de Veneza, em 2022, deram visibilidade à sua obra artística.

“A história dos pintores alemães era muito importante e servia-lhe de referência para o seu trabalho. Penso que era importante para ela que o seu trabalho fosse conhecido e visto por alemães”, sublinha Geissler à Lusa.

Na exposição atual, Jahn und Jahn apresenta desenhos e gravuras de Paula Rego de vários grupos de trabalho e períodos.

“Rego compõe as suas representações a partir de contextos sociais e das suas próprias fantasmagorias. As suas obras estimulam imediatamente a imaginação e levantam a questão de saber o que está a acontecer à figura no quadro, em que estado se encontra e como é que a história vai continuar. Cada uma das suas gravuras, a sua obra gráfica é composta por 280 gravuras e litografias, é um mito próprio e um continente interior que, tal como um sonho ou um conto de fadas, nos atrai e nos enfeitiça”, pode ler-se na página oficial da galeria.

A inauguração da exposição é hoje, a abertura ao público na sexta-feira.

“O público que esperamos é sobretudo alemão, mas também público da Suíça e da Áustria. Acredito que seja uma mistura muito interessante de pessoas”, descreve Tim Geissler.

A galeria Jahn und Jahn em Lisboa inaugura a 14 de setembro a exposição individual do artista alemão Imi Knoebel.

  

JYD // MAG

By Impala News / Lusa

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