Mais de 100 concelhos mantêm-se em perigo máximo de incêndio rural

Mais de uma centena de concelhos sobretudo das regiões Norte e Centro mantêm-se em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, segundo o IPMA, que colocou oito distritos do continente sob aviso amarelo

Mais de 100 concelhos mantêm-se em perigo máximo de incêndio rural

Em perigo máximo de incêndio estão mais de 100 concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Leiria, Coimbra, Guarda, Aveiro, Viseu, Porto, Bragança, Vila Real, Viana do Castelo e Braga.

Vários concelhos de todos os distritos de Portugal continental apresentam um perigo muito elevado e elevado de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Este risco, determinado pelo IPMA, tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

A temperatura máxima mais elevada prevista para hoje será alcançada em Santarém com 35 graus, seguida de Évora, Beja, Setúbal, Lisboa com 34, Leiria com 33 e 31 em Coimbra e Braga.

Por causa do calor, o IPMA emitiu aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga, pelo menos até às 18:00 de hoje.

O aviso amarelo é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Na segunda-feira, o IPMA indicou em comunicado que o índice meteorológico de perigo de incêndio calculado diariamente, que reflete a severidade meteorológica na propagação dos incêndios rurais, tem apresentado valores extremos, comprovando a adversidade das condições meteorológicas atuais.

Segundo o IPMA, a severidade meteorológica irá manter-se extremamente elevada” hoje e quarta-feira, em grande parte do território, em especial nas regiões do Norte e Centro, onde o PIR [perigo de incêndio rural] continuará a situar-se nas classes mais elevadas de perigo: elevado, muito elevado ou máximo”.

O território do continente tem estado, desde sábado, “sob a influência de um fluxo de leste, que se intensificou” na segunda-feira e que se “manterá intenso” hoje, “nas regiões do Norte e Centro”.

Devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território continental, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para hoje.

Numa conferência de imprensa na segunda-feira, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, anunciou que, por causa da situação meteorológica adversa, vai ser prolongada a Declaração da Situação de Alerta em todo o território do continente.

A situação de alerta implica várias medidas excecionais, como a proibição do acesso e circulação em vários espaços florestais ou a proibição da realização de queimadas e de trabalhos em florestas com recurso a maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais).

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

DD (LFS/SMA) // VQ

By Impala News / Lusa

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