Netanyahu promete trazer reféns de volta em mensagem pascal
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou hoje o compromisso de trazer de volta os reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, numa mensagem por ocasião da Pessach, a Páscoa judaica.

As declarações surgem no momento em que o Presidente dos Estados Unidos referiu avanços nas negociações para a libertação dos reféns, tendo Donald Trump afirmado na quinta-feira, numa reunião do gabinete, que está a aproximar-se o momento em que os reféns poderão ser recuperados.
Numa mensagem em vídeo enviada por ocasião da Pessach — festividade que assinala a libertação do povo judeu da escravidão no Egito –, Netanyahu argumentou que “para muitas famílias haverá cadeiras vazias”.
“Juntos, traremos os nossos reféns de volta, juntos, venceremos os nossos inimigos, juntos, apoiaremos os nossos feridos e juntos, inclinaremos a cabeça em memória dos nossos desaparecidos”, declarou.
A imprensa israelita noticiou hoje que o Egito e Israel trocaram propostas de documentos com vista a um acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns.
Segundo o jornal Times of Israel, a proposta egípcia prevê o regresso a Israel de oito reféns vivos e de oito corpos, em troca de uma trégua de 40 a 70 dias e da libertação de um elevado número de prisioneiros palestinianos.
De acordo com a televisão pública Kan, Netanyahu realizou, na noite de quinta-feira, uma reunião de avaliação da situação com a equipa de negociação e responsáveis da segurança, tendo como pano de fundo o novo plano egípcio.
Os serviços do primeiro-ministro israelita indicaram ainda que Netanyahu se encontrou, também na quinta-feira, com as famílias dos reféns Elkana Bohbot e Rom Braslavski, assegurando-lhes que Israel está empenhado em trazer os reféns de volta e atualizando-as sobre o estado das negociações.
Durante o ataque sem precedentes do Hamas, a 07 de outubro de 2023, no sul de Israel, foram raptadas 251 pessoas. Pelo menos 58 permanecem retidas em Gaza, das quais 34 morreram, segundo o exército israelita.
Uma trégua mediada pelos Estados Unidos, Egito e Qatar, entre 19 de janeiro e 17 de março, permitiu o regresso de 33 reféns israelitas — entre os quais oito mortos — em troca da libertação por parte de Israel de cerca de 1.800 prisioneiros palestinianos.
Israel retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza em 18 de março, pondo termo ao acordo.
O Ministério da Saúde das autoridades do Hamas indicou, na quinta-feira, que pelo menos 1.522 palestinianos foram mortos desde essa data, elevando para 50.886 o número total de mortos desde o início da guerra.
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By Impala News / Lusa
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