Número de mortos em Gaza eleva-se a 47.583

O Ministério da Saúde do governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou hoje, no mais recente balanço, que pelo menos 47.583 pessoas morreram no território palestiniano em consequência da guerra com Israel.

Número de mortos em Gaza eleva-se a 47.583

Apesar da entrada em vigor de uma frágil trégua, a 19 de janeiro, o número de mortos publicado pelo Ministério da Saúde de Gaza continua a aumentar diariamente, à medida que os corpos descobertos sob os escombros são identificados e as pessoas morrem devido aos ferimentos.

Segundo o ministério, nas últimas 24 horas, foram registadas mais 31 mortes, enquanto o total de palestinianos feridos por causa da guerra ascende a 111.633.

Israel tem questionado regularmente a credibilidade dos números do ministério, mas estes são considerados fiáveis pelas Nações Unidas.

Um estudo publicado no início de janeiro na revista médica britânica The Lancet estimava que o número de mortos na Faixa de Gaza durante os primeiros nove meses de hostilidades era cerca de 40% superior ao registado pelo Ministério da Saúde.

A agência noticiosa France-Presse (AFP) adianta não haver condições para verificar, de forma independente, nem uns nem outros números.

Gaza tornou-se um território onde se acumulam 42 milhões de toneladas de escombros, de acordo com dados da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente (UNRWA).

Em outubro de 2023, Israel declarou uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e feito 251 reféns.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer “o mais elevado número de vítimas alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

 

JSD (PMC/RJP) // MDR

By Impala News / Lusa

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