Pedro Nuno critica instabilidade no SNS e sugere que ministra da Saúde está a prazo
O secretário-geral socialista criticou hoje o Governo por ausência de resposta aos problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e por gerar instabilidade no setor, sugerindo que a ministra Ana Paula Martins está a prazo no executivo.
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Estas queixas foram feitas por Pedro Nuno Santos no debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa intervenção em que assinalou que o Governo, em dez meses de funções, já teve três diretores executivos do SNS e três diretores do INEM, e em que falou também numa situação de “desespero” no Hospital Amadora Sintra.
“O Governo tem dito que as demissões foram por motivos pessoais. Quando a ministra da Saúde se demitir, também vai dizer que se demitiu por motivos pessoais?”, perguntou o secretário-geral do PS.
Antes, também na questão da saúde, o secretário-geral do PS e Luís Montenegro tinham discutido sobre o número de doentes oncológicos que ultrapassaram o tempo limite máximo de espera sem agendamento de cirurgia.
O líder do PS considerou que o Governo não está a cumprir as metas a que se propôs, mas o primeiro-ministro defendeu que tem havido progressos relevantes desde que o seu executivo iniciou funções.
De acordo com o primeiro-ministro, no SNS, em 31 de janeiro do ano passado, havia 2660 portugueses com o tempo máximo de resposta garantido ultrapassado nas cirurgias oncológicas. Desses, 1568 cirurgias estavam por agendar.
Em 31 de janeiro de 2025, segundo Luís Montenegro, havia 1846 pessoas doentes em oncologia com o tempo máximo de resposta garantido ultrapassado, dos quais 1475 tinham, cirurgias já agendadas.
“O mesmo é dizer que só estão por agendar 371 casos. E estes casos, na sua grande maioria, não teve a sua intervenção agendada por razões clínicas”, sustentou.
Mas o primeiro-ministro foi mais longe e assumiu que o seu executivo ainda não está satisfeito com os resultados.
“Sabemos que esta é uma situação particularmente sensível e grave, porque há muitos doentes que acabam por não resistir ao tempo. O mesmo é dizer – eu sei que é duro dizer desta maneira, mas eu vou ter que dizer — que há muitas pessoas que morrem porque não têm a oportunidade de ter uma intervenção cirúrgica a tempo. Portanto, o nosso esforço tem de ser o de diminuir ao máximo os tempos de espera, mesmo dentro do tempo máximo de resposta garantido”, acentuou.
PMF // SF
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By Impala News / Lusa
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