Pedro Nuno quer saber se consultora privada teve acesso a dados sensíveis de doentes

O secretário-geral socialista quer saber se a consultora envolvida no plano de emergência para a saúde teve acessos a “dados muito sensíveis” de doentes e por patologias e por região, considerando que faltam esclarecimentos do Governo sobre este tema.

Pedro Nuno quer saber se consultora privada teve acesso a dados sensíveis de doentes

“Das questões levantadas, a mais relevante para nós e para mim é saber se esta consultora privada teve acesso a bases de dados muito importantes do SNS, nomeadamente o sistema de informação de doentes e por patologias e por região porque isto é informação muito relevante para a organização da oferta de cuidados de saúde”, disse aos jornalistas à margem de uma ação de campanha para as europeias na Festa da Cereja, em Resende.

Um dia depois de ter pedido ao Governo para esclarecer se houve uma empresa privada envolvida no plano de emergência para a saúde e de o ministério ter admitido que contratou uma consultora privada para “organizar e estruturar” o trabalho da ‘task force’ responsável pelo plano, Pedro Nuno Santos voltou ao tema por considerar que ainda faltam esclarecimentos.

O secretário-geral quer saber se essa empresa “teve acesso a este tipo de base de dados do SNS que está num sistema que tem grupos privados a operar”.

“São dados muito sensíveis, como podem imaginar”, disse, apontando a importância que têm para o setor privado da saúde.

É por este motivo que para Pedro Nuno Santos que o tema que ser esclarecido, apontando ainda “toda a orientação política que está subjacente à elaboração deste plano” que acusa de estar orientado para o setor privado.

Numa nota enviada à Lusa, o gabinete da ministra da Saúde explica que “para organizar e estruturar os contributos/trabalho da ‘task force’ foi contratada uma consultora privada, a IQVIA Solutions, que faz parte da bolsa de consultoras que tem trabalhado com o universo Ministério da Saúde nos últimos anos”.

Confrontado com as questões colocadas pelo líder socialista, o primeiro-ministro, Luís Montenegro respondeu que a matéria “não tem pés nem cabeça”.

“Isso não tem pés nem cabeça, não tem pés nem cabeça. Eu não vou estar a falar sobre isso agora, mas não tem pés nem cabeça, essa acusação”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, após votar antecipadamente em Espinho, no distrito de Aveiro.

De acordo com o primeiro-ministro, “o Governo apresentou o plano de emergência e transformação na área da saúde, cujo conteúdo é não só de emergência, mas também é de transformação estrutural e isso é que é o importante”.

JF (SIM) // ACL

By Impala News / Lusa

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