Pelo menos quatro peças arqueológicas em ouro roubadas de museu nos Países Baixos

Pelo menos quatro peças arqueológicas (três pulseiras e um capacete em ouro) foram levadas, hoje de madrugada, do museu de arte e história Drents, nos Países Baixos, num assalto com recurso a explosivos.

Pelo menos quatro peças arqueológicas em ouro roubadas de museu nos Países Baixos

“Pelas 03:45 de hoje, a polícia recebeu o alerta de uma explosão no Museu Drents, localizado em Assen. Ao chegar, verificou-se que a entrada no edifício tinha sido forçada com recurso a explosivos. Vários artefactos arqueológicos de grande valor foram roubados, incluindo o capacete dourado de Cotofenesti”, referiu fonte policial, que está a investigar o assalto com a ajuda da Interpol, citada pela agência EFE.

De acordo com as autoridades neerlandesas, a explosão partiu janelas e provocou danos em edifícios contíguos, num assalto “meticulosamente planeado”, que envolveu várias pessoas.

As peças roubadas faziam parte da exposição “Dácia — Império de ouro e prata”, patente até domingo, que apresenta “mais de cinquenta tesouros de ouro e prata da Roménia, desde o século XX a.C. até ao século III d.C.”, de acordo com informação disponível no site do Museu Drents.

O diretor geral do museu, Harry Tupan, lamentou o roubo, salientando que “não se trata de ouro, mas sim de património cultural, e essa herança foi levada de forma muito cruel”.

A polícia está também a investigar o incêndio de um veículo, localizado uma hora depois do assalto.

As autoridades suspeitam que o veículo possa estar relacionado com a explosão e o roubo no museu. “Um dos cenários possíveis é que os suspeitos tenham trocado de veículo”, referiu fonte policial.

A mostra “Dácia — Império de ouro e prata” foca-se na história do antigo reino de Dácia, onde atualmente se situa a Roménia. O capacete dourado de Cotofenesti, em ouro puro, era a peça central da exposição, organizada em conjunto com o Museu Nacional de História Romeno.

O diretor do museu romeno, Ernest Oberlander-Tarnoveanu, apelou ao regresso em segurança das peças.

“Essa é a minha única esperança. São tão importantes que é impossível vendê-las”, afirmou, citado pela EFE.

JRS // TDI

By Impala News / Lusa

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