PR considera que Direção Executiva do SNS “correu mal até aqui” e espera que estabilize

O Presidente da República considerou hoje que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde “correu mal até aqui” e espera que estabilize, com a nomeação de Álvaro Almeida, que classificou como “uma solução defensiva”.

PR considera que Direção Executiva do SNS

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse aguardar pela investigação sobre a acumulação de funções que levou à saída do anterior diretor executivo do SNS, António Gandra d’Almeida, para saber “qual era a situação efetiva global” e “quem é que sabia dessa situação”.

Quanto à sua substituição, segundo o chefe de Estado o Governo procurou “uma solução o mais segura e forte possível”, Álvaro Almeida, alguém com “confiança política do Governo, confiança partidária”, com percurso na “gestão da saúde, já com alguma idade, já com alguma experiência”. 

“Portanto, é nitidamente uma solução defensiva. Defensiva, para garantir uma estabilização”, resumiu. 

De acordo com o Presidente da República, “o problema seguinte é decidir o que fazer ao instituto”, e a sua expectativa “é que estabilize finalmente uma solução duradoura” para a Direção Executiva do SNS, que “correu mal até aqui”.

No seu entender, “desde o início da conceção correu mal, porque foi uma ideia que demorou um ano total a ser lançada” e que “quando foi lançada já o Governo [do PS] que tinha lançado já não era Governo”, e quando “entrou um novo Governo [PSD/CDS-PP], logo a seguir sai a figura do presidente [Fernando Araújo] para a qual de alguma maneira tinha sido concebida também a solução”.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou o objetivo com que esta estrutura foi criada: “Para cumprir uma missão, que era precisamente o Ministério ficar protegido, o ministro ou a ministra ficar protegido: definia as grandes linhas políticas, mas depois a gestão era feita pelo instituto, e por uma figura forte ou liderado de uma figura forte que garantia essa gestão”.

Agora, Álvaro Almeida “tem todas as condições políticas de confiança do Governo e dos partidos do Governo para cumprir esta missão”, defendeu. 

“Depois há de se definir para onde é que passa a fronteira entre o que fica para o Ministério, leia-se a ministra, e o que fica para o novo presidente. E só a prática mostrará como é ou como não é. Se correr bem, não é preciso rever a estrutura que está montada, há que aplicá-la”, acrescentou.

IEL // JPS

By Impala News / Lusa

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