Presidente são-tomense quer educação transformadora sem crianças fora das escolas

O Presidente são-tomense defendeu hoje uma educação transformadora no arquipélago, apelando a um maior envolvimento dos professores e encarregados de educação para assegurar que nenhuma criança em idade escolar esteja fora do ensino.

Presidente são-tomense quer educação transformadora sem crianças fora das escolas

Carlos Vila Nova falava na cerimónia de lançamento das atividades do mês da criança, que terão início no dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança que em São Tomé e Príncipe vão decorrer sob o lema “Chegou a hora para uma educação transformadora e participativa que faça a diferença”.

“Não obstante ser um período festivo, é sempre uma ocasião para refletir sobre as muitas situações que afetam as nossas crianças, os seus direitos e deveres, a missão e responsabilidade dos professores e educadores, bem como a dos pais e encarregados de educação”, defendeu Carlos Vila Nova.

O chefe de Estado são-tomense sublinhou que a educação, é “a base para a construção de toda e qualquer sociedade”, por isso defendeu “um balanço sobre o passado, presente e futuro” da educação em São Tomé e Príncipe. 

“O mundo está em constante evolução e, como tal, a educação deve seguir o mesmo ritmo. Se anteriormente às crianças estavam formatadas para permanecer numa sala e receber unilateralmente as informações e ensinamentos do educador ou professor, nos tempos de hoje esta modalidade já nem sempre é considerada como sendo eficaz”, apontou o Presidente são-tomense.

Para Carlos Vila Nova a educação transformadora “deverá alicerçar-se na interdisciplinaridade, incentivo à autonomização do aluno, estímulo à leitura, à reflexão e ao debate, uso correto de ferramentas tecnológicas e a promoção de atividades extra curriculares efetivamente pedagógicas”.

Aos pais e encarregados de educação o Presidente da República avisou que “as dificuldades financeiras e a busca por melhores condições de vida não podem constituir justificação para o abandono das crianças à sua sorte, nem tão pouco para que a responsabilidade parental seja delegada a terceiros sob qualquer pretexto”.

“Aconselho assim a uma maior aproximação aos vossos filhos, conversem e trabalhem na identificação dos problemas e traumas antes que possa ser tarde. É mister que os pais encarregados de educação cumpram efetivamente com a sua responsabilidade no que concerne à educação dos seus filhos. Não sejam apenas provedores financeiros, mas igualmente educadores, através da transmissão de valores e princípios, sendo, portanto, um modelo para os mesmos”, apelou Carlos Vila Nova.

“Anseio pelo dia que nenhuma criança em idade escolar esteja fora do sistema escolar, quer por dificuldades financeiras, quer por necessidades especiais. Acompanhar o vosso crescimento é um privilégio. Na medida em que nós, os adultos também aprendemos convosco, com a vossa curiosidade insaciável, a leveza dos vossos corações, a essência da ingenuidade, a pureza do ser humano e o apreço pelas pequenas coisas. Daí a importância das instituições competentes garantirem a vossa proteção e segurança”, referiu Carlos Vila Nova.

 

JYAF // CC

By Impala News / Lusa

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