Temperaturas baixas provocam «episódio de poluição grave»
As baixas temperaturas resultaram em “níveis dramáticos” da qualidade do ar em parte do país, alertou este sábado a associação Zero, que apelou para a contenção da queima de lenha para reduzir a poluição atmosférica.
As baixas temperaturas nos dias 16 e 17 resultaram em “níveis dramáticos” da qualidade do ar em parte do país, alertou este sábado a associação Zero, que apelou para a contenção da queima de lenha para reduzir a poluição atmosférica.
“As temperaturas muito baixas no passado fim de semana conduziram a um episódio de poluição particularmente grave pelas enormes emissões provenientes do uso de lenha em muitas habitações em zonas urbanas e rurais que se verificaram desde a Península de Setúbal até à região Norte”, adiantou a associação ambientalista.
Segundo a Zero, as condições meteorológicas nestes dois dias facilitaram concentrações “muito elevadas de alguns poluentes“, caso de partículas resultantes da queima de biomassa.
“A Zero identificou que no domingo, 17 de janeiro, foi ultrapassado o valor-limite diário de partículas inaláveis em cinco estações de monitorização de qualidade do ar das redes geridas pelas diferentes Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional”, salientou.
Segundo a associação, as duas piores situações verificaram-se nas estações de Paio Pires, no Seixal, e em Estarreja. Na Área Metropolitana de Lisboa Sul, envolvendo concelhos como Almada, Barreiro e Seixal, o índice de qualidade do ar no domingo foi “mau“, enquanto a norte do Tejo, três zonas apresentavam um índice “fraco” e as restantes “médio”, com uma única exceção no interior centro, refere.
Na consulta que a Zero efetua às medições de qualidade do ar através da Internet, “sobressai um alerta urgente para a necessidade e obrigação de disponibilização de dados em muitas estações da região Norte”.
Segundo a associação, este caso de poluição é “consequência da falta de políticas que alertem para a perigosidade do uso excessivo de lenha, principalmente de forma ineficiente, e do custo que soluções alternativas estruturais têm, a começar pela sustentabilidade energética dos edifícios, à promoção de sistemas de climatização ativa eficientes e menos poluentes”.
Siga a Impala no Instagram