Tribunal rejeita pretensão do Estado de Nova Iorque de fechar mineração de bitcoin

Tribunal rejeita pretensão do Estado de Nova Iorque de fechar mineração de bitcoin

Uma central de produção de moeda digital em Nova Iorque pode continuar a operar depois de um tribunal ter rejeitado a pretensão do Estado de a encerrar devido a preocupação com o seu impacto climático.

A decisão foi considerada uma vitória pela Greenidge Generation, uma designada mina de moeda digital em larga escala, na região de Finger Lakes, que fomentou a ira dos grupos ambientalistas e de suopervisão desde que começou a minerar bitcoins há quatro anos.

Como outras operações de mineração de bitcoins de larga escala, a Greenidge depende de milhares de servidores com elevado consumo de eletricidade, que geram bitcoins através da resolução de equações complexas.

Para alimentar estes servidores, a Greenidge recorre a uma antiga central de carvão que foi convertida para gás, em 2017, ao fim de anos de inatividade.

Em 2022, o Departamento de Conservação Ambiental (DEC, na sigla em Inglês) nova-iorquino negou a emissão de uma licença de qualidade de ar para a fábrica, com o argumento de as emissões de gases com efeito de estufa prejudicavam as metas estaduais para o clima.

Em resposta a um processo colocado pela empresa, o juiz do Supremo Tribunal estadual Vincent M. Dinolfo decidiu na quinta-feira que a agência falhou em dar a oportunidade à Greenidge uma oportunidade para justificar as suas alegadas violações, um “erro interpretativo” à luz da lei.

“Um evidente enviesamento político perdeu hoje”, afirmou a empresa, em comunicado. “A decisão garante o funcionamento da nossa instalação e que os nossos empregados não vão ter as carreiras prejudicadas por um governo motivado politicamente e sem base legal”.

Um conjunto de grupos de defesa do ambiente, entretanto, alega que a Greenidge está a emitir quantidades elevadas de dióxido de carbono, ao mesmo tempo que contamina o lago Seneca, nas proximidades, com descargas diárias de água aquecida requerida para ter a fábrica a funcionar.

“A comunidade de Finger Lakes tem tocado o alarme sobre o impacto desastroso na sua água, ar e clima”, disse Mandy DeRoche, um dirigente da Earthjustice. “Vamos continuar a nossa luta até que a Greenidge encerre para sempre”.

Quando rejeitou a autorização, a DEC disse que a fábrica enganou os reguladores sobre a intenção verdadeira da conversão.

“Em vez de ajudar a alcançar as necessidades atuais de eletricidade no Estado como descrito originalmente, a instalação está a operar principalmente para satisfazer as suas próprias necessidades de energia”, escreveu a agência na sua carta à empresa.

 

RN // RBF

By Impala News / Lusa

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