U. Porto lança em 2025 concurso para laboratório na antiga refinaria da Galp em Leça

A Universidade do Porto vai lançar, no início de 2025, o concurso para o primeiro laboratório do campus universitário previsto para os terrenos da antiga refinaria da Galp, em Leça da Palmeira, que deverá custar 36 milhões de euros.

U. Porto lança em 2025 concurso para laboratório na antiga refinaria da Galp em Leça

Em comunicado, a Universidade do Porto (U.Porto) esclarece que este será o primeiro empreendimento a construir nos 40 hectares destinados à universidade e cedidos pelo município de Matosinhos nos terrenos da antiga refinaria da Galp.

Designado JUST3I, o novo laboratório de telecomunicações e perceção computacional irá dedicar-se à investigação, inovação e incubação em comunicações, tecnologias sem fios, redes e aplicações, visão computacional, tecnologias de deteção, computação e aprendizagem automática.

No primeiro trimestre de 2025, a U. Porto tenciona lançar o concurso público de conceção de arquitetura e engenharia do empreendimento, que deverá custar 36 milhões de euros.

O novo polo está, no entanto, dependente da descontaminação de solos que a Galp terá de levar a cabo, assinala a U. Porto.

O laboratório será, posteriormente, ligado aos edifícios que estão a ser projetados para o futuro campus e que se irão dedicar à engenharia aeroespacial.

“Contamos lançar a obra nos primeiros meses de 2026, altura em que já estaremos prontos a abrir os concursos de conceção para construir os primeiros edifícios que irão ocupar os primeiros dez dos 40 hectares que o município de Matosinhos irá ceder à Universidade do Porto e que a Galp terá de descontaminar”, afirma, citado o comunicado, o vice-reitor Pedro Alves Costa.

O laboratório, que deverá integrar 300 novos postos de trabalho, será financiado em cerca de 23,5 milhões de euros do Fundo de Transição Justa, mecanismo financeiro criado pela União Europeia para assegurar a transformação de antigos espaços industriais em projetos sustentáveis.

“Os 40 hectares que o município de Matosinhos atribuiu à universidade nos terrenos da antiga refinaria são fundamentais para a qualificação e alargamento da sua oferta formativa, uma vez que, na cidade do Porto, já não tem por onde crescer”, assinala o reitor da U. Porto, António de Sousa Pereira.

Além do ensino e investigação na área do espaço, a unidade “estará orientada para a prestação de serviços e parcerias com empresas nacionais e regionais que operam no setor”.

“O estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à industrialização de sistemas espaciais que a Universidade do Porto vai produzir será decisivo para as empresas portuguesas — especialmente as do Norte — criarem novos mercados neste setor, reforçando a sua competitividade internacional”, salienta Pedro Alves Costa.

Também António de Sousa Pereira salienta que o “cluster do espaço é estratégico no ecossistema inovador” que será criado em Matosinhos.

“Este novo polo irá reforçar o sistema científico nacional e promover a sua ligação às empresas através de novas infraestruturas tecnológicas dedicadas ao setor do Espaço”, acrescenta.

SPC // MSP

By Impala News / Lusa

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