Um morto e cinco feridos ligeiros provocados pela tempestade Ana

A Proteção Civil destacou como consequências “mais graves” da tempestade a ocorrência de um morto, cinco feridos ligeiros e 13 desalojados, em mais de 3.000 ocorrências.

Um morto e cinco feridos ligeiros provocados pela tempestade Ana

A Proteção Civil destacou hoje como consequências “mais graves” da passagem da tempestade Ana pelo território nacional, durante a madrugada e manhã, a ocorrência de um morto, cinco feridos ligeiros e 13 desalojados, em mais de três mil ocorrências.

“Entre as consequências mais graves dignas de registo, entre muitas outras, ocorreram cinco vítimas leves e uma vítima mortal devido a queda de árvore, 13 desalojados ou deslocados devido a casas destelhadas e quedas de árvores sobre habitações”, disse Luís Belo Costa, Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul.

Em conferência de imprensa, o comandante da Proteção Civil explicou que desde o final da tarde de domingo e o início da manhã de hoje registaram-se “um total de 3.187 ocorrências divididas por 1.997 quedas de árvore, 34 movimentos de massa, 370 inundações, 632 quedas de estruturas e 152 limpezas de vias”.

De acordo com Luis Belo Costa, registaram-se, igualmente, problemas na circulação de comboios, em particular na Linha da Beira Alta, devido à quebra de energia elétrica, além de estradas temporariamente cortadas, situações “já normalizadas”.

A passagem da tempestade Ana afetou o território nacional de norte para sul, sobretudo os distritos de Lisboa, Porto, Aveiro, Viseu, Braga, Coimbra, Leiria, Setúbal e Viana do Castelo, distritos onde, segundo o comandante da ANPC, se registaram em média mais de 150 ocorrências, à exceção de Lisboa, com mais de 500 registos.

Luís Belo Costa adverte que “apesar de a situação estar estável, o estado de alerta especial de nível amarelo continua até às 20:00 de hoje”, pelo que recomenda às populações que evitem estar em locais junto a árvores ou zonas arborizadas, “já que foram estas que deram origem às piores consequências”.

“A queda de estruturas foi igualmente um problema grave que também afetou o nosso trabalho”, disse o responsável, adiantando que no terreno estiveram 12.448 operacionais e mais de quatro mil veículos.

O responsável da Proteção Civil lembrou ainda as previsões de queda de neve em locais superiores a 800 metros e para os cuidados dos automobilistas para o uso de correntes de neve e de uma condução defensiva.

Luís Belo Costa recordou também os perigos da agitação marítima forte, desaconselhando passeios junto à orla costeira, “já que a história demonstrou que estar no sítio errado à hora errada traz problemas”.

Em relação às comunicações do SIRESP, o comandante da ANPC reconheceu que existiram “algumas falhas, em alguns locais, devido a falhas na energia elétrica, mas que o socorro não foi comprometido”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) previa que a partir das 03:00 a tempestade Ana começasse a perder intensidade e a dissipar-se

Hoje, o IPMA disse que a tempestade já deixou o território português, estando agora prevista uma descida das temperaturas, aguaceiros, diminuindo de frequência e intensidade, possibilidade de trovoada e granizo, e queda de neve acima de 800 metros.

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