Defesa gastou 86,5 ME em Forças Nacionais Destacadas no estrangeiro em 2023

A Defesa Nacional gastou 86,5 milhões de euros em missões internacionais no ano passado, o que corresponde a uma taxa de execução orçamental de 98,35%, de acordo com um relatório debatido hoje no parlamento.

Defesa gastou 86,5 ME em Forças Nacionais Destacadas no estrangeiro em 2023

Estes dados constam num relatório elaborado pela divisão de recursos do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) no qual se lê que o valor final do orçamento atribuído às Forças Nacionais Destacadas para 2023 foi de 88.193.963 euros.

Do total, a taxa de execução foi de 98,35%, o que corresponde a cerca de 86,5 milhões de euros investidos.

No texto lê-se que “dentro da política de rigor orçamental adotada, considera-se que a dotação final disponibilizada, de 88,194 milhões de euros, foi gerida de forma eficiente, com uma taxa de execução orçamental de 98,35%, sendo, no entanto, a quarta mais elevada dos últimos dez anos, na sequência do impacto das tramitações dos processos administrativo de aquisição de bens e serviços, cumulativamente com falhas nas entregas de faturas em tempo útil de serem liquidadas, condicionou a execução orçamental do EMGFA e da Marinha”.

A taxa de execução das verbas atribuídas às Forças Nacionais Destacadas foi de 97,76% no EMGFA, 94,97% na Marinha, 98,17% na Força Aére. Quanto ao Exército, “considerando a receita de 164.854 euros, referente ao reembolso do IVA, excedeu os 100%”.

Este resultado “permite concluir que o desempenho global foi consistente com os objetivos definidos nos diversos compromissos internacionais com a NATO, União Europeia, ONU e missões de acordos multilaterais”, lê-se.

Os deputados da comissão de Defesa debateram também hoje mais dois relatórios: um que dá conta que Portugal participou com 755 militares em missões internacionais no primeiro trimestre deste ano e outro que adianta que foram empenhados 1.146 efetivos no estrangeiro nos últimos seis meses de 2023.

No que toca à participação nos primeiros três meses deste ano, 37,4% correspondeu a missões no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO); 16,5% na União Europeia (UE); 5,3% no quadro bilateral e multilateral; e 3,4% na Agência Europeia de Fronteiras (FRONTEX).

Já quanto à distribuição geográfica, o relatório destaca a presença portuguesa na região de África, Centro e Costa Oriental (51,7%), Europa — Centro e Leste (36,4%), Mediterrâneo (6,2%), Atlântico, Golfo da Guiné e Costa Ocidental África (3,9%), África, Subsaariana e Sahel (1%), Ásia e América do Sul (0,7%) e Atlântico, Mar do Norte e Mar Báltico (0,1%).

 

ARL // SF

By Impala News / Lusa

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