Diretor de órgão eleitoral de Moçambique detido por alegado roubo de dinheiro

O diretor do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) do distrito de Nampula, norte de Moçambique, foi hoje detido por suspeitas de envolvimento no desvio de dinheiro dos membros das mesas de voto das eleições gerais, disse fonte oficial.

Diretor de órgão eleitoral de Moçambique detido por alegado roubo de dinheiro

Evaristo Vileta foi detido com mais quatro funcionários do STAE do distrito de Nampula por suspeita de terem desviado 1,3 milhões de meticais (18.660 euros) destinados ao pagamento de subsídios a 300 membros das mesas de voto que participaram nas eleições gerais de quarta-feira, disse aos jornalistas o diretor do STAE da província de Nampula, Luís Cavalo.

“Até agora recuperamos 400 mil meticais [4.300 euros] e a outra parte [do dinheiro necessário para pagar os membros das mesas de voto] arranjámos junto de parceiros”, afirmou Cavalo.

Os cinco funcionários do STAE do distrito de Nampula foram detidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

As eleições gerais de quarta-feira incluíram as sétimas presidenciais – às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos – em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

À eleição à Presidência da República concorreram Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, Ossufo Momade, com o apoio da Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).

A votação incluiu legislativas (250 deputados) e para assembleias provinciais e respetivos governadores de província, neste caso com 794 mandatos a distribuir.

 

PMA // JPS

By Impala News / Lusa

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