Atriz Scarlett Johansson pede aos EUA regulação da IA após vídeo falso
A atriz norte-americana Scarlett Johansson, que já foi vítima da inteligência artificial (IA), pediu aos EUA que regulem o uso da tecnologia depois do vídeo falso a criticar declarações antissemitas do músico Ye (antes Kanye West).
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Na quarta-feira, a atriz sublinhou que “muitos países progressistas, entre os quais não se inclui os EUA, responderam de forma responsável” para colocar limites à inteligência artificial dada a sua crescente popularidade.
Neste sentido, disse que é “aterrorizador” que o país esteja “paralisado” na hora de aprovar legislação que proteja os seus cidadãos contra os perigos desta tecnologia.
Por isso, instou o governo do país a fazer da aprovação de leis que limitem o uso da inteligência artificial “uma prioridade absoluta”.
“Devemos denunciar o uso indevido da IA, independentemente da sua mensagem, ou corremos o risco de perder o controlo da realidade”, sublinhou.
O vídeo que circula nas redes sociais é gerado pela IA israelita Ori Bejeran e mostra Johansson e outras celebridades como Drake, David Schwimmer, Mark Zuckerberg e Steven Spielberg a usar uma t-shirt com a mão a mostrar o dedo do meio, juntamente com uma estrela de David e o nome do ‘rapper’ Ye em letras maiúsculas.
As imagens, que terminam com a mensagem “Junte-se à luta contra o antissemitismo”, respondem às recentes publicações do ‘rapper’ na rede social Facebook.
A isto acresce que no domingo o artista estreou um anúncio da sua marca Yeezy.com durante o Super Bowl que promovia a venda de uma t-shirt com uma suástica.
Esta não é a primeira vez que Johansson é vítima de IA. No ano passado, a OpenAI apresentou uma voz do seu ChatGPT muito semelhante à da atriz, que acabou por ser temporariamente removida após queixas de Johansson.
Além disso, em 2023, tomou medidas legais contra outra aplicação de IA chamada Lisa AI: 90’s Yearbook & Avatar, que usou a sua imagem e voz sem a sua autorização.
A este propósito, Johansson afirmou: “Infelizmente, fui uma vítima pública da inteligência artificial, mas a verdade é que ela afeta todos e cada um de nós”.
ALU // EA
By Impala News / Lusa
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