Autoridade britânica da concorrência abre investigação à Apple e à Google

A autoridade britânica para a concorrência (CMA) lançou hoje duas investigações separadas sobre os ecossistemas de ‘smartphones’ da Apple e da Google, aumentando a pressão sobre os ‘gigantes’ tecnológicos americanos, que Donald Trump prometeu defender.

Autoridade britânica da concorrência abre investigação à Apple e à Google

Estas investigações vão avaliar “a posição destas empresas nos seus respetivos ecossistemas móveis, que incluem sistemas operativos, lojas de aplicações e ‘browsers'”, informou o regulador, em comunicado.

Este processo poderá levar à designação dos dois grupos como “operadores estratégicos do mercado”, o que poderá resultar em requisitos específicos ao abrigo de um novo regime de concorrência digital que entrou em vigor a 01 de janeiro no Reino Unido.

O novo regime do Reino Unido é semelhante à Lei dos Mercados Digitais (DMA) que entrou em vigor no ano passado na União Europeia e que deve ser cumprido por um número reduzido de tecnológicas, incluindo a Apple, a Google e a Meta, com o objetivo de impedir o abuso de posições dominantes.

“Quase todos os dispositivos móveis vendidos no Reino Unido estão pré-instalados com iOS (sistema operativo da Apple) ou Android (sistema operativo da Google) e as lojas de aplicações e os navegadores da Apple e da Google detêm posições exclusivas ou de liderança nas suas plataformas”, avançou hoje a CMA.

A decisão do regulador está prevista para 22 de outubro.

“A abertura do Android contribuiu para alargar a escolha, baixar os preços e democratizar o acesso aos ‘smartphones’ e às aplicações”, declarou a Google em comunicado enviado à AFP.

Por outro lado, a Apple disse à AFP que “enfrenta a concorrência em todos os segmentos e em todos os territórios” onde está presente, e garantiu a que a empresa “continuará a trabalhar de forma construtiva com a CMA”.

Na semana passada, o regulador abriu uma outra investigação sobre “a posição da Google” no mercado dos motores de busca “e o seu impacto nos consumidores e nas empresas” e a decisão prevê-se para 13 de outubro.

AJR // CSJ

By Impala News / Lusa

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