BIAL espera manter faturação apesar de impacto de perda de patente nos EUA

A BIAL espera manter este ano um volume de negócios semelhante aos 337,4 milhões de euros de 2023, apesar do impacto da perda da patente de um medicamento nos EUA, disse o presidente da farmacêutica, António Portela.

BIAL espera manter faturação apesar de impacto de perda de patente nos EUA

“Já estamos a começar a sentir os efeitos da perda de patente do nosso medicamento para a epilepsia nos Estados Unidos e isso tem um impacto de cerca de 80 milhões em dois anos, de perda de volume de faturação”, disse António Portela, em entrevista à agência Lusa, em Madrid.

O presidente executivo da BIAL destacou que, com este impacto negativo, fechar este ano com números semelhantes aos de 2023 significa que a empresa está “a crescer no resto para compensar essa perda nos Estados Unidos”.

“É um ano que está a correr bem. Estamos ligeiramente acima até daquilo que era a nossa expetativa”, afirmou.

Segundo dados da própria empresa, a BIAL teve um volume de negócios de 337,4 milhões de euros em 2023, um crescimento de 9% face a 2022.

Portugal representou 26% da faturação em 2023, um crescimento de 4% face a 2022.

O mercado dos EUA representou também 26% da faturação da empresa no ano passado, seguido por Espanha (24%).

A BIAL, que faz este ano 100 anos, tem produtos em mais de 50 países, com as vendas nos mercados internacionais a representarem cerca de 75% da faturação da empresa.

Em relação a Espanha, onde António Portela esteve esta semana para participar na conferência “Inspira Portugal, 50 anos depois”, a BIAL faturou no ano passado cerca de 85 milhões de euros e espera aproximar-se em 2024 dos 90 milhões, disse o presidente executivo da empresa.

“E para o ano ou daqui a dois anos penso que chegaremos aos 100 milhões em Espanha. É uma expectativa boa de crescimento”, afirmou.

A BIAL entrou em Espanha em 1998, quando comprou a Ifidesa Aristegui, em Bilbau (País Basco).

A BIAL Espanha é a mais antiga filial da empresa na Europa.

Em relação à internacionalização, António Portela disse que o objetivo neste momento é “consolidar os mercados” em que a empresa já está e “expandir a presença na Europa”.

“Consolidar, aumentar a nossa presença. Queremos ser a empresa líder na área das neurociências na Europa”, disse António Portela.

MP / MSF

By Impala News / Lusa

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