Bruxelas propõe criação de plataforma de dados alfandegários para facilitar importações

A Comissão Europeia propôs hoje a criação de uma Plataforma de Dados Aduaneiros da UE, um portal único para as empresas que permitirá poupar aos Estados-membros dois mil milhões de euros em custos operacionais alfandegários.

Bruxelas propõe criação de plataforma de dados alfandegários para facilitar importações

Bruxelas propõe criação de plataforma de dados alfandegários para facilitar importações

A Comissão Europeia propôs hoje a criação de uma Plataforma de Dados Aduaneiros da UE, um portal único para as empresas que permitirá poupar aos Estados-membros dois mil milhões de euros em custos operacionais alfandegários.

As medidas hoje propostas para reformar a União Europeia (UE) apresentam uma visão única a nível mundial, baseada em dados, que simplificará consideravelmente os processos aduaneiros para as empresas, especialmente para os operadores mais fiáveis, segundo um comunicado do executivo comunitário.

Com a criação desta plataforma, “as empresas só terão de interagir com um único portal para apresentar as suas informações aduaneiras e só terão de apresentar os dados uma vez para remessas múltiplas”, referiu, em conferência de imprensa, o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni.

“Gradualmente, todos os importadores poderão utilizar a plataforma de dados para tratar das suas necessidades aduaneiras”, referiu o comissário, acrescentando que os Estados-membros poderão poupar dois mil milhões de euros por ano no total em despesas operacionais, dado que o portal irá substituir cerca de 111 sistemas nacionais.

A reforma aduaneira prevê ainda a atualização do programa Operadores Económicos Autorizados, para um sistema ‘Trust and Check’ — Confiança e Controlo.

Perante um parceiro comercial que é um operador fiável, esclareceu o comissário, o sistema permite a circulação de bens sem aduaneira ativa.

“A nossa União Aduaneira facilita comércio com o resto do mundo no valor de 4,3 biliões de euros em 2021 — 14% do comércio mundial”, indicou ainda Gentiloni.

Bruxelas prevê que a plataforma de dados se abra, em 2028, às remessas de comércio eletrónico e, em 2032 (numa base voluntária), a outros importadores, conduzindo a benefícios e simplificações imediatos.

Uma avaliação em 2035 indicará se esta possibilidade pode ser alargada a todos os operadores quando a plataforma se tornar obrigatória a partir de 2038.

A reforma da União Aduaneira da UE prevê ainda a criação de uma Autoridade Aduaneira da UE que supervisionará a plataforma.

O Conselho da UE e o Parlamento Europeu terão de aprovar a proposta, no âmbito do processo de colegislação.

IG // CSJ

By Impala News / Lusa

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