Criminalidade em Macau cresce 18% no primeiro trimestre

A criminalidade em Macau aumentou 18% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, anunciaram hoje as autoridades do território.

Criminalidade em Macau cresce 18% no primeiro trimestre

O acréscimo deve-se ao “aumento contínuo do crime de burla” e, em particular, “da burla com recurso às telecomunicações e da burla cibernética”, referiu o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, num balanço à criminalidade.

Entre janeiro e março, foram contabilizados 656 casos de crime de burla, o que traduz um aumento de 50,8% face ao período homólogo de 2023.

Os crimes contra o património, em que se inclui a burla, aumentaram 23,9%, para 2.186 casos, relativamente aos primeiros três meses do ano passado. Destaque para a subida de 28,9% dos crimes de furto (total de 558 casos); de 655,6% dos crimes de usura (68); de 8,5% de apropriação ilegítima (521) e de 50% de roubo (12).

A criminalidade violenta também subiu (24,2%), sendo que, “no âmbito dos crimes de violência grave, tais como rapto, homicídio e ofensas corporais graves”, Macau continua a “manter uma taxa zero ou uma taxa muito baixa”, referiu Wong.

O secretário para a Segurança notou ainda que os números da criminalidade no período em análise são superiores aos do primeiro trimestre de 2019, ainda antes da pandemia da covid-19, devido ao “rápido aumento dos casos de burlas”. Contudo, ressalvou Wong, “os casos relativos a outros tipos de crimes, nomeadamente os crimes de violência grave, são notavelmente inferiores aos registados antes da epidemia”.

Macau adotou a política de ‘covid zero’, impondo, até ao final de 2022, rigorosas medidas antipandémicas, nomeadamente restrições fronteiriças, quarentenas que chegaram até 28 dias e várias testagens de toda a população.

O Governo sinalizou também hoje que a criminalidade relacionada com o setor do jogo, no primeiro trimestre, “apresentou certo aumento”, com 351 casos, contra 158 no mesmo período do ano passado.

“Acredita-se que o motivo esteja relacionado com o aumento substancial do número de turistas e com a recuperação da indústria do jogo”, lê-se num relatório ao impacto do jogo na segurança de Macau, divulgado hoje.

No entanto, indica-se no documento, o valor é inferior ao do mesmo período de 2019, “refletindo o êxito do trabalho direcionado de prevenção e combate da polícia”.

Macau registou a entrada de mais de 8,8 milhões de visitantes no primeiro trimestre do ano, mais 79,4% face ao período homólogo de 2023, indicam dados da Direção dos Serviços de Estatística e Censos.

CAD // JMC

By Impala News / Lusa

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