Execução abaixo do esperado reduz lucros do BPF em 2024 para 18,3 ME
O Banco Português de Fomento (BPF) teve um lucro de 18,3 milhões de euros em 2024, uma redução de 18,7% face a 2023, num exercício penalizado por uma execução abaixo do esperado.

Em 2024, a margem financeira do BPF subiu cerca de quatro milhões de euros, para 17 milhões de euros, enquanto o valor das comissões avançou para 24 milhões de euros.
Estes valores, obtidos ainda com administração anterior, ficaram abaixo do orçado para o período, que ficava, respetivamente, em 18 e 34 milhões de euros.
Os números foram apresentados pelo responsável financeiro do BPF, Bruno Rodrigues, em conferência de imprensa de balanço dos primeiros 100 dias da nova comissão executiva da instituição, presidida por Gonçalo Regalado desde fevereiro.
O responsável explicou que o desvio de 10 milhões de euros face ao orçado “vem da menor execução do próprio fundo de resiliência”, bem como do atraso do lançamento do programa InvestEU, que também representou “um impacto negativo” face ao orçamentado para o ano.
A nível do produto bancário, os 44 milhões de euros atingidos também ficaram abaixo do esperado para o ano (58 milhões de euros), mas ultrapassaram os 41 milhões de euros de 2023.
Por sua vez, os custos operacionais ficaram em cerca de metade (18 milhões de euros) do previsto (35 milhões de euros).
No consolidado do grupo, que inclui ainda os resultados de Portugal Ventures, FOMENTO, SOFID e SILO InvestEU, os resultados caíram 7,6 milhões de euros, para 20,2 milhões de euros.
A Portugal Ventures teve lucro de 1,7 milhões de euros, ainda que 3,6 milhões de euros abaixo de 2023.
Na conferência de imprensa realizada em Lisboa, Gonçalo Regalado sublinhou que o objetivo do BPF “não é gerar milhões”.
“O nosso acionista não quer dividendo, o nosso acionista quer PIB [Produto Interno Bruto]”, sublinhou.
JO // JNM
By Impala News / Lusa
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