Grupo hoteleiro pede melhorias em aeroporto para expandir presença em Cabo Verde
O grupo multinacional Riu, em Cabo Verde, pediu hoje melhorias nas infraestruturas de transporte, nomeadamente no aeroporto da ilha da Boa Vista, como condição para viabilizar a expansão no arquipélago.

“Temos sofrido alguns abalos a nível de transporte em Cabo Verde, mas acreditamos que há uma consciência disso e que se está a trabalhar ativamente para o solucionar”, afirmou Hilda Teófilo, relações públicas do grupo em Cabo Verde, durante a apresentação dos resultados anuais, em Santa Maria, na ilha do Sal.
Na ilha da Boa Vista “seria necessário que o aeroporto tivesse condições para permitir a chegada de outro tipo de aviões e para operações noturnas”, de maneira a ser possível “aumentar a oferta da cadeia no país”, referiu, reiterando um pedido feito em anos anteriores.
“Nas nossas conversas com o Governo, acreditamos que essas questões estão a ser analisadas e que, no futuro, poderemos voltar a discutir este tema”, acrescentou.
Embora ainda não exista um projeto concreto, Hilda Teófilo explicou que o grupo está a estudar a possibilidade de expandir a presença em Cabo Verde, caso as infraestruturas e ligações de transporte evoluam de forma favorável.
Em 2023, o Governo de Cabo Verde concessionou o serviço público aeroportuário à Cabo Verde Airports, uma empresa do grupo Vinci, com o objetivo de modernizar e expandir os quatro aeroportos internacionais (Boavista, Praia, Sal e São Vicente) e três aeródromos (Fogo, Maio e São Nicolau), no âmbito de um plano de investimentos a 40 anos.
As obras defendidas pela multinacional hoteleira fazem parte do plano de investimentos.
O grupo Riu, fundado em Maiorca, Espanha, em 1953, é uma cadeia internacional que opera atualmente 100 hotéis em 20 países.
Em Cabo Verde, o grupo tem três unidades na ilha do Sal e três na Boa Vista (cerca de 4.600 quartos) e recebeu quase 400 mil hóspedes em 2024, um aumento de 7% face a 2023, anunciou hoje, revelando ainda crescimentos nos impostos pagos e no valor económico distribuído em bens e serviços locais.
A cadeia hoteleira emprega 3.120 trabalhadores cabo-verdianos (225 em postos de direção) e prometeu hoje continuar a investir no país, tanto na modernização de hotéis, como em projetos sociais e ambientais.
Os resultados que apresentou estão em linha com os dados do setor relativos a 2024.
O arquipélago registou, no último ano, um recorde de cerca de 1,2 milhões de hóspedes, maioritariamente concentrados nos ‘resorts’ das ilhas do Sal e da Boa Vista.
As autoridades esperam que o crescimento se alastre às outras ilhas e a novos segmentos, como o turismo de natureza.
*** A Lusa viajou a convite do grupo Riu ***
RS // MLL
By Impala News / Lusa
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