Heathrow espera operar hoje horário completo de mais de 1.300 voos

O aeroporto de Heathrow, em Londres, espera operar hoje “um horário completo de mais de 1.300 voos”, depois de um incêndio numa subestação elétrica ter obrigado ao encerramento na sexta-feira, provocando o caos no tráfego aéreo mundial.

Heathrow espera operar hoje horário completo de mais de 1.300 voos

Num comunicado publicado na rede social X, o aeroporto agradeceu a “paciência” demonstrada após o encerramento total há dois dias e disse ter recebido mais de 250.000 passageiros no sábado, com “partidas a horas e filas de segurança que duraram menos de cinco minutos”.

“Os funcionários do aeroporto continuam a fazer tudo o que podem para apoiar os passageiros”, afirmou. 

No sábado, o governo britânico ordenou uma investigação sobre a “resiliência energética” do país, depois do incêndio numa subestação elétrica ter fechado o aeroporto de Heathrow durante quase um dia, suscitando preocupações sobre a capacidade do Reino Unido para resistir a catástrofes ou ataques a infraestruturas críticas.

Já o aeroporto lançou uma revisão interna dos planos de gestão de crise, presidido pela antiga ministra dos Transportes do país Ruth Kelly.

“Enquanto estes inquéritos prosseguem, o nosso objetivo continua a ser o de servir os nossos passageiros”, referiu.

Por sua vez, a British Airways, uma das companhias aéreas mais afetadas pela paralisação, espera operar um “horário quase completo” hoje, depois de ter realizado 90% dos seus voos no sábado.

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse hoje à Sky News que o encerramento de Heathrow mostra a importância de “expandir a capacidade aeroportuária no Reino Unido”.

“O que vimos nos últimos dias demonstrou a sua importância, bem como a construção da resiliência das nossas infraestruturas críticas, como o aeroporto de Heathrow”, afirmou. 

 Ed Miliband, ministro da Energia britânico, ordenou este sábado ao Operador Nacional do Sistema de Energia do país que “investigue urgentemente” o corte de energia causado pelo incêndio na subestação vizinha de Hayes.

Miliband disse que o executivo quer “entender o que aconteceu e que lições podem ser aprendidas sobre a resiliência energética para infraestruturas nacionais críticas, agora e no futuro”.

Para já, parece que a origem do incêndio não é suspeita, segundo a companhia de eletricidade em causa, que exclui, em princípio, sabotagem intencional, enquanto a unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana de Londres está a analisar o equipamento de distribuição de eletricidade nas suas investigações.

Já o Corpo de Bombeiros de Londres (LFB) explicou que o incêndio afeta um transformador contendo 25.000 litros de óleo refrigerante que estava totalmente operacional na subestação, o que “criou um perigo significativo devido ao equipamento de alta tensão ainda ativo e à natureza de um incêndio alimentado a óleo”.

 

ALN // JNM

By Impala News / Lusa

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